Por meio de extensivas pesquisas em Psicologia Criminal e Criminologia, os profissionais dessa área buscam desvendar os padrões cognitivos, comportamentais e emocionais que podem influenciar a inclinação de um indivíduo a cometer crimes.
Através deste conhecimento, procura-se tanto a prevenção de atos criminosos quanto a reabilitação daqueles que já cometeram infrações.
O estudo da Psicologia Criminal não se limita apenas a entender o perfil criminal dos suspeitos, mas também a dinâmica da vítima, ao papel das testemunhas e a forma como a sociedade, em geral, reage e interage com o crime.
Com o avanço das abordagens multidisciplinares na justiça penal, a Psicologia Criminal e a psicologia forense ganham relevância tanto no sistema judiciário quanto na sociedade. Por isso, muitos estudantes buscam saber: Quem faz psicologia pode ser perito criminal? É preciso fazer um curso de psicologia criminal?, dentre outras dúvidas.
Essa área se entrelaça com o Direito, a Sociologia, a Criminologia e até mesmo com a Biologia, ao considerar aspectos neuropsicológicos relacionados ao comportamento criminoso.
Com a crescente onda de crimes complexos e o aumento da consciência sobre a importância de abordagens multidisciplinares na justiça penal, a Psicologia Criminal ganha relevância não apenas no sistema judiciário, mas também na sociedade em geral.
Este artigo pretende explorar o que é Psicologia Criminal, os principais conceitos, desafios e avanços recentes nesta área, proporcionando uma visão ampla e aprofundada sobre o papel da mente no universo do crime. Acompanhe!
O que é Psicologia Criminal e como ela funciona?
A Psicologia Criminal é uma subdisciplina da Psicologia Jurídica (ou psicologia forense) que se concentra na compreensão dos pensamentos, sentimentos e comportamentos dos criminosos e na interação destes com o sistema de justiça penal.
Ela explora as razões pelas quais certos indivíduos cometem crimes e como podem ser prevenidos ou reabilitados. Em sua essência, a Psicologia Criminal busca responder a pergunta: “Por que as pessoas cometem crimes?”.
Esta área de estudo integra conhecimentos de diversas áreas da psicologia, como a psicologia clínica, social e do desenvolvimento, para compreender a complexidade do comportamento criminoso. Isso inclui estudar fatores de risco, gatilhos ambientais, traços de personalidade, disfunções neurológicas e históricos de trauma ou abuso.
O objetivo é desenvolver perfis, identificar padrões de comportamento e, em última análise, propor intervenções ou tratamentos adequados.
Profissionais da área, como o psicólogo criminal, frequentemente:
- Trabalham em conjunto com a polícia e tribunais.
- Oferecem avaliações e consultoria especializada.
- Orientam para aprimorar o sistema de justiça.
Além do foco no criminoso, a Psicologia Criminal também investiga o processo de vitimização, o papel das testemunhas e os efeitos psicológicos do crime na sociedade. Profissionais da área, como o psicólogo criminal, muitas vezes trabalham em conjunto com a polícia, tribunais, prisões e outras instituições relacionadas à justiça penal, oferecendo avaliações, consultoria e orientação especializada para informar e aprimorar o sistema de justiça.
Qual a diferença entre Psicologia Jurídica e Psicologia Criminal?
Há diferença entre Psicologia Criminal e Psicologia Jurídica, também conhecida como psicologia forense, ou são a mesma coisa?
Embora frequentemente confundidas ou usadas de forma intercambiável, a Psicologia Jurídica e a Psicologia Criminal são, de fato, distintas, embora inter-relacionadas. Ambas são subáreas da psicologia aplicada e operam dentro do contexto do sistema de justiça, mas seus focos e escopos diferem de maneiras cruciais.
Psicologia Criminal
A Psicologia Criminal é especializada no estudo do comportamento de indivíduos que cometem crimes. Ela busca compreender as motivações, padrões comportamentais e fatores psicológicos que levam uma pessoa a cometer atos criminosos.
Os psicólogos criminais muitas vezes trabalham em estreita colaboração com a polícia ou outras agências de aplicação da lei, ajudando na elaboração de perfis criminais, avaliação de suspeitos e no tratamento e reabilitação de infratores.
Psicologia Jurídica
Por outro lado, a Psicologia Jurídica, ou psicologia forense, tem um escopo mais amplo e abrange uma gama variada de atividades relacionadas à interseção entre a psicologia e o sistema legal.
A psicologia forense não se restringe apenas ao estudo de criminosos, mas também aborda questões como avaliação de competência mental para julgamento, guarda de crianças em disputas de custódia, avaliação de trauma em vítimas, testemunhos e credibilidade da memória, entre outros. Os psicólogos jurídicos podem atuar em diversos ambientes, desde tribunais até centros de reabilitação e instituições de pesquisa.
Quais são as funções de um psicólogo criminal?
A atuação do psicólogo criminal é diversificada e engloba uma série de responsabilidades que vão além da simples avaliação de criminosos. Seu trabalho é multifacetado e abrange tanto a compreensão da mente e comportamento do infrator quanto o suporte às vítimas e testemunhas.
Além disso, esses profissionais fornecem insights valiosos através de assessorias e consultorias.
Em quais áreas um psicólogo criminal pode atuar?
Veja algumas de suas principais funções:
Principais papéis de um psicólogo criminal:
- Avaliação psicológica de envolvidos em atividades criminosas.
- Elaboração de perfis criminais.
- Apoio a vítimas e testemunhas.
Um dos principais papéis de um psicólogo criminal é a avaliação psicológica de indivíduos envolvidos em atividades criminosas. Isso inclui entender as motivações por trás de seus atos, sua saúde mental e capacidade de discernimento no momento do crime e a probabilidade de reincidência. Essas avaliações são essenciais para determinar a responsabilidade criminal, o tipo de reabilitação necessária ou até mesmo a capacidade do indivíduo de ser julgado.
A elaboração do perfil criminal é uma especialidade dentro da Psicologia Criminal que auxilia as forças de segurança na identificação de possíveis suspeitos de crimes não resolvidos.
Utilizando-se de padrões comportamentais, traços psicológicos e evidências do crime, os psicólogos criminais conseguem traçar um “retrato” do possível autor, facilitando sua localização e captura.
Para além do foco no criminoso, o psicólogo criminal também tem a responsabilidade de apoiar vítimas e testemunhas. Isso pode envolver ajudá-las a lidar com o trauma pós-crime, prepará-las para testemunhar em tribunal ou até mesmo avaliar a confiabilidade de seus testemunhos. O apoio emocional e psicológico oferecido por estes profissionais é essencial para a recuperação das vítimas e para assegurar que a justiça seja feita.
Os psicólogos criminais frequentemente prestam consultoria a departamentos policiais, instituições penais e até mesmo escritórios de advocacia. Seu conhecimento profundo sobre a mente humana e o comportamento criminoso é valioso para orientar investigações, aprimorar técnicas de interrogatório e influenciar políticas públicas relacionadas à prevenção do crime e à reabilitação de criminosos. Sobre a carreira na área, há, inclusive, uma dúvida bastante comum: “quem faz psicologia pode ser perito criminal?”. Bem, vamos tirar essa dúvida agora.
Quem faz psicologia pode ser perito criminal, sim, desde que tenha as habilidades necessárias para isso, ou seja, realizar especializações ou cursos de aprimoramento em perícias judiciais. Um curso de psicologia criminal, por exemplo, é uma das opções que ajuda preparar essa profissional.
Quais são os campos de atuação na Psicologia Criminal?
A Psicologia Criminal é uma disciplina vasta e multidimensional que abrange vários subcampos.
Cada uma dessas áreas foca em diferentes aspectos do sistema de justiça penal e das interações entre indivíduos e a lei. Explorar esses subcampos ajuda a entender a amplitude e profundidade dessa especialidade.
Conheça algumas delas:
Avaliação forense
Dentro da vastidão de campos que a Psicologia Criminal abrange, a avaliação forense ocupa um lugar de destaque, dada a sua influência direta nas decisões judiciais e a gravidade das consequências dessas decisões na vida dos indivíduos envolvidos.
A avaliação forense refere-se ao processo de coleta e interpretação de informações psicológicas com o objetivo de responder a uma questão específica apresentada pelo sistema judicial.
Ao contrário da prática clínica convencional, em que o foco é o bem-estar do paciente, na psicologia criminal forense, o principal objetivo é fornecer informações objetivas e precisas ao tribunal, independentemente das implicações para o examinado.
As principais atividades e responsabilidades na avaliação forense incluem:
- Coleta de informações psicológicas.
- Interpretação objetiva dos dados.
- Fornecimento de laudos precisos para o sistema judicial.
Psicologia penitenciária
A psicologia penitenciária é uma subespecialidade da Psicologia Criminal que se concentra na avaliação, intervenção e pesquisa relacionadas a indivíduos que estão encarcerados ou que passaram pelo sistema prisional.
Esta área da psicologia busca compreender as complexidades do comportamento humano dentro do contexto carcerário e fornecer ferramentas e estratégias que promovam a reabilitação e prevenção da reincidência.
A seguir, apresentam-se alguns dos principais focos e atividades da psicologia penitenciária:
Prevenção do crime
A prevenção do crime é uma área estratégica da Psicologia Criminal que se dedica a entender as causas subjacentes da criminalidade e desenvolver medidas para impedir a ocorrência de crimes.
Em vez de responder reativamente após o cometimento de um crime, o foco aqui é proativo, tentando impedir que crimes ocorram. Ao compreender os fatores psicológicos, sociais e ambientais que influenciam o comportamento criminoso, é possível criar estratégias e intervenções para reduzir a probabilidade de tais comportamentos.
A seguir, são apresentados alguns dos principais aspectos da prevenção do crime na Psicologia Criminal:
Vítimas e trauma
A Psicologia Criminal não se limita apenas ao estudo e compreensão dos criminosos. Uma área fundamental desta disciplina envolve a análise e o tratamento do trauma experimentado pelas vítimas de crimes.
Vítimas de crimes violentos, abuso, negligência ou qualquer outra forma de criminalidade muitas vezes enfrentam consequências psicológicas duradouras. O trauma resultante de tais experiências pode ser profundo e pode afetar significativamente o bem-estar e a funcionalidade das vítimas.
Aqui estão alguns dos focos centrais quando se trata de vítimas e trauma na Psicologia Criminal:
Psicologia investigativa
A psicologia investigativa é uma especialização dentro da Psicologia Criminal que se concentra na compreensão do comportamento dos criminosos e na aplicação desse conhecimento para auxiliar nas investigações criminais.
Por meio da aplicação de teorias psicológicas, métodos e práticas, os psicólogos investigativos trabalham em conjunto com as autoridades policiais para analisar evidências comportamentais e traçar perfis de suspeitos. Eles desempenham um papel crucial na identificação, localização e eventual captura de criminosos.
Aqui estão algumas das principais áreas de atuação da psicologia investigativa:
Políticas públicas de justiça criminal
A influência da Psicologia Criminal não se limita apenas ao ambiente imediato do crime ou do tribunal. Psicólogos criminais também são consultados na formulação de políticas públicas relacionadas à justiça, buscando criar sistemas mais eficazes, justos e humanos. Eles ajudam a moldar leis, procedimentos e diretrizes que orientam todo o sistema de justiça penal.
Agora você já sabe mais sobre Reabilitação Criminal e Psicologia Criminal, a importância do perfil criminal para a resolução de crimes e muitas outras informações pertinentes ao tema. E se gostou deste artigo, certamente também vai gostar de ler este aqui: A investigação criminal e os serial killers: quem são, tipos e mitos
Quanto ganha um psicólogo criminal no Brasil?
De acordo com as informações mais recentes do site Salários, a média salarial de um psicólogo criminal no Brasil é de R$ 5.214,65 para uma jornada de trabalho de 42 horas semanais.
O valor do piso salarial mínimo da categoria é de R$ 5.072,23 e o teto salarial de R$ 10.121,44. O valor depende do segmento da empresa, localidade, formação, experiência na função e política de cargos e salários da empresa.
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Nota: Este artigo é revisado regularmente para garantir que forneça informações atuais e precisas à medida que o campo da Psicologia Criminal evolui.
Perguntas frequentes
O que é Psicologia Criminal?
Psicologia Criminal: Disciplina da psicologia forense; Foco: Compreensão de pensamentos, sentimentos e comportamentos dos criminosos; Integração com o sistema de justiça penal.
Quais áreas a Psicologia Criminal abrange?
Ela abrange áreas como avaliação forense, psicologia penitenciária, prevenção do crime, vítimas e trauma, entre outras.
Qual o papel de um psicólogo criminal?
O psicólogo criminal avalia criminosos, apoia vítimas e testemunhas, e oferece consultoria a agências policiais e advogados.
Psicologia Criminal e Psicologia Jurídica são a mesma coisa?
Não, a Psicologia Criminal foca nas motivações e comportamentos criminosos, enquanto a Psicologia Jurídica tem um escopo mais amplo, abrangendo diversas interações com o sistema legal.
Como se tornar um psicólogo criminal?
É necessário um curso de Psicologia, seguido de especializações em áreas como a psicologia criminal ou forense.