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A investigação criminal e os serial killers: quem são, tipos e mitos

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Ao longo da história, a figura de serial killers tem intrigado, aterrorizado e fascinado a sociedade. Esses indivíduos, responsáveis por cometer uma série de assassinatos, muitas vezes sem motivação aparente ou ligação direta entre suas vítimas, despertam uma mistura complexa de medo, curiosidade e repulsa.

Embora representem uma pequena porção dos criminosos, sua notoriedade é amplificada pelos incessantes debates na mídia, na cultura popular e no campo acadêmico. Mas o que leva alguém a se tornar um serial killer? Existe um padrão comportamental ou psicológico que possa explicar tais atos hediondos?

Este artigo aborda um pouco sobre como a Criminologia atua por meio de recursos e ferramentas, como a investigação criminal, além da colaboração da
Psicologia Forense e da Criminal, para compreender essas mentes. Acompanhe!

Quem são os serial killers?

Serial killers, ou assassinos em série, são indivíduos que cometem uma série de homicídios ao longo de um período, frequentemente com intervalos entre os crimes. Essas pessoas são caracterizadas não apenas pela quantidade de vítimas, mas também por suas motivações e comportamentos específicos que os diferenciam de outros tipos de homicidas.

Suas ações não são impulsivas ou resultado de uma circunstância única, mas sim parte de um padrão repetitivo e, muitas vezes, ritualístico, chamado de modus operandi (MO).

Os serial killers podem ser motivados por uma variedade de razões, incluindo prazer sexual, ganho financeiro, compulsões psicológicas, busca de poder ou simplesmente pelo prazer de matar. Também é comum que esses assassinos mantenham “troféus” ou “lembranças” de seus crimes.

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Os 4 tipos de serial killers

Ao longo dos anos, pesquisadores e criminologistas têm tentado classificar e entender os assassinos em série através de várias tipologias.

Uma das abordagens mais reconhecidas, segmenta esses indivíduos em quatro categorias principais, baseadas em suas motivações e características. Estas categorias nos ajudam a entender os padrões e motivações subjacentes dos crimes cometidos por esses indivíduos.

1. Visionário

Os assassinos em série visionários são muitas vezes impulsionados por delírios ou alucinações. Eles acreditam que são compelidos a matar por vozes ou visões. Muitas vezes, esses delírios têm origens psicóticas, e o assassino pode não ter um motivo real ou compreensível para seus crimes, pelo menos não do ponto de vista da lógica convencional. Em muitos casos, eles podem acreditar que estão seguindo ordens de entidades superiores ou tentando prevenir algum evento catastrófico.

2. Missionário

O assassino missionário sente que tem uma missão ou um chamado para erradicar um certo grupo de pessoas. Este “chamado” não é baseado em alucinações, como no caso do visionário, mas sim em crenças pessoais ou preconceitos.

3. Emotivo

​​​​​​​O serial killer emotivo, também conhecido como “hedonista”, mata por prazer. Eles podem ser subdivididos em dois grupos: os “conforto” (que matam para ganho pessoal, como dinheiro ou poder) e os “luxúria” (cujo principal motivador é a gratificação sexual). Estes assassinos muitas vezes demoram no ato do assassinato, obtendo satisfação emocional ou sexual do sofrimento da vítima.

4. Sádico

​​​​​​​O assassino em série sádico obtém prazer do ato de torturar ou maltratar suas vítimas. Eles são frequentemente impulsionados por uma necessidade de dominar e controlar, e o sofrimento de suas vítimas proporciona uma gratificação psicológica. A dor, humilhação ou terror infligido à vítima é central para a “satisfação” que o sádico obtém, muitas vezes levando-os a prolongar a morte da vítima para prolongar sua própria gratificação.

A compreensão dessas categorias é vital para os profissionais da Criminologia e da Psicologia Forense, pois fornece insights sobre as motivações e comportamentos dos assassinos, auxiliando na investigação criminal e na elaboração de perfis.

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Criminologia: principais observações em uma investigação criminal de serial killers

​​​​​​​Em investigações criminais envolvendo serial killers, a Criminologia desempenha um papel crucial ao identificar padrões e características específicas dos crimes. Três componentes chave são frequentemente analisados:

  1. a organização do crime refere-se à estruturação e planejamento dos atos. Crimes bem organizados podem indicar um assassino com maior inteligência ou experiência, enquanto crimes desorganizados podem sugerir impulsividade ou possível psicose;
  2. o modus operandi (MO) diz respeito ao método utilizado para cometer o crime. Isso pode incluir a forma como a vítima é escolhida, abordada, subjugada e eventualmente assassinada. O MO pode evoluir com o tempo à medida que o criminoso adquire mais experiência ou adapta suas técnicas;
  3. a assinatura, por outro lado, é uma característica única ou ritualística que o assassino repete em seus crimes, refletindo suas fantasias ou necessidades psicológicas. Diferente do MO, a assinatura não muda significativamente e serve como uma “marca” pessoal do assassino.

Entender e distinguir esses componentes é vital para a elaboração de perfis criminais, ajudando a prever o comportamento futuro do assassino e, idealmente, a capturá-lo.

Mitos sobre serial killers, segundo a Psicologia Forense

​​​​​​​A figura do assassino em série é envolta em muitos mitos e concepções errôneas, alimentadas em grande parte por representações da mídia e da cultura popular.

A Psicologia Forense, ao estudar esses indivíduos, identificou várias inverdades comuns sobre eles. Veja a seguir.

Todos os serial killers são homens

​​​​​​​Embora a maioria dos assassinos em série conhecidos sejam homens, existem diversas mulheres que também cometem tais crimes, desafiando o estereótipo de gênero associado a esse perfil.

Assassinos em série são sempre gênios ou têm um QI alto

​​​​​​​A inteligência dos serial killers varia amplamente. Enquanto alguns podem ser mais astutos ou inteligentes, muitos têm um QI médio e não se destacam nesse aspecto.

Eles sempre matam por prazer sexual

​​​​​​​Embora alguns assassinos em série possam ser motivados por desejos sexuais distorcidos, muitos têm outras motivações, como poder, controle ou vingança.

Todos são psicopatas ou possuem transtorno mental

​​​​​​​Nem todos os serial killers são psicopatas ou têm um diagnóstico de transtorno mental. Alguns podem ser completamente lúcidos e cientes de seus atos, enquanto outros podem apresentar sinais de transtornos.

Serial killers são facilmente reconhecíveis e socialmente isolados

​​​​​​​Muitos assassinos em série são adeptos da camuflagem social, levando vidas aparentemente normais e mantendo relacionamentos, empregos e rotinas diárias. Eles nem sempre são os “lobos solitários” que muitos imaginam.

Desmistificar esses equívocos é essencial para uma compreensão adequada e uma abordagem eficaz na investigação criminal e prevenção de crimes cometidos por serial killers.

Esperamos que tenha gostado deste artigo. Aproveite e conheça um pouco mais sobre esse instigante assunto no nosso próximo artigo: Curso de psicologia criminal: o que você vai aprender e por que se capacitar.

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