Infelizmente,o bullying nas escolas é um problema real e que temos que combater.
Nas escolas sempre existiram pequenos xingamentos, insultos e perseguições aos alunos e até professores de personalidades mais frágeis.
O primeiro pesquisador que relacionou este fenômeno ao nome bullying foi Dan Olweus, professor da Universidade da Noruega, no fim da década de 1970.
Ele pesquisou sobre tendências suicidas entre jovens e constatou que a maioria deles tinha sofrido algum tipo de ameaça física ou verbal no ambiente escolar, ou se sentiram humilhados pelos colegas e notou que o tema era sério e precisava de mais atenção.
Atualmente, após a chegada da internet o bullying tomou uma proporção muito maior, já que os adolescentes não são perseguidos apenas na escola, o pesadelo continua mesmo em seu horário de descanso através do mundo virtual. Também conhecido como cyberbullying, nesta modalidade os agressores insultam os colegas em redes sociais, aplicativos e etc.
Esse é o tema que vamos abordar hoje. Acompanhe!
Bullying nas escolas: como identificar e combater
Passo 1: Como identificar se o aluno realmente está sofrendo bullying?
Em primeiro lugar é essencial que você saiba se o que o estudante realmente está sendo alvo de bullying ou se é apenas uma discussão boba entre jovens que têm ideias diferentes ,logo farão as pazes e estarão conversando numa boa. Para identificar o que é bullying basta notar se a agressão tem estas três características:
1. Frequência
Só será caracterizado como bullying se houver certa frequência nos insultos, ou seja, se por diversas vezes na semana um determinado aluno ou grupo xinga, insulta ou tem atos de violência contra um estudante. Já se este fato ocorreu apenas uma vez o mesmo deverá ser combatido, mas não é uma situação de bullying na escola.
2. Desequilíbrio de forças entre agressores e vítima
Neste item é importante lembrar que não estamos falando apenas de forças físicas. Um jovem também pode fazer bullying com outro que seja mais fraco emocionalmente por exemplo.
Normalmente também ocorre de outros alunos da turma se unirem ao agressor para não serem os próximos a serem as vítimas do mesmo. É aquela história : “Se não pode com ele, junte-se a ele”. O resultado é um grupo de estudantes humilhando apenas um jovem fragilizado.
3. Intenção de agredir
Outra característica do bullying é que os agressores sabem o que estão fazendo e continuam com as brincadeiras sem graça, gozações e até violência com a intenção de humilhar e entristecer o colega e o pior é que ficam felizes quando notam que conseguiram atingir o objetivo.
A junção destes três fatores é o que caracteriza o bullying na escola. Também é muito importante saber distinguir quem são os agressores e as vítimas deste fenômeno.
4. Perfil do agressor
Normalmente, os agressores são pessoas muito inteligentes, comunicativas, tem autoestima elevada e possuem o poder de manipular os colegas para fazer as humilhações aos mais frágeis.
Se sentem poderosos, são bem populares e percebem rapidamente os pontos fracos dos outros. Muito espertos, criam os apelidos e juntam-se a outros estudantes para praticar o bullying nas escolas, mas quando são chamados pela coordenação do colégio para explicar o que está acontecendo após uma queixa, colocam a culpa em terceiros ou nos próprios amigos.
5. Perfil da vítima
Ao contrário do agressor, a vítima normalmente é uma pessoa tímida, com dificuldades de se abrir a novas amizades, impor limites e tem baixa autoestima.
Os agressores aproveitam desta fragilidade para ataca-la. Outra característica deste perfil é que, como são maltratados pelos colegas, estes estudantes procuram se relacionar mais com adultos no ambiente escolar como: professores, inspetores e outros funcionários da instituição pois assim se sentem mais protegidos e menos isolados.
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Passo 2: Crie uma parceria forte entre a escola e os pais:
Uma boa dica é notar o comportamento deles dentro de casa, é preciso ficar atento caso ele apresente sinais como:
• Falta de vontade de ir à escola: claro que em alguns dias específicos como vésperas de feriados ou próximo das férias escolares, é bem comum que os estudantes queiram ficar em casa. Mas quando eles insistem em faltar a aula constantemente ou dizem frases fortes como: “eu odeio aquela escola” é bem provável que ele esteja se queixando de algum problema que está tendo e tenha vergonha ou medo de dizer que é bullying na escola.
• Muito stress: seu filho normalmente é calmo e de um tempo para cá está se tornando agressivo ou ficando nervoso por coisas pequenas? Também fique atento, às vezes a pessoa não consegue se impor com os agressores e dá um jeito de descontar o problema em casa onde se sente mais confortável.
• Manchas roxas pelo corpo: se o bullying verbal já traz muito sofrimento a vítima imagine o físico. Se notar alguma mancha pelo corpo de seu filho peça a ele uma explicação e se ele gaguejar desconfie. Muitas vezes os agressores fazem sérias ameaças e por este motivo, os agredidos sentem medo de contar que sofreram violência. Converse com a direção da instituição e exija que sejam tomadas providências e punições aos culpados.
• Isolamento dos colegas: na fase escolar é comum que os estudantes tenham vários amigos, sejam convidados a festas, aniversário e passeios. Se perceber que o seu filho não interage com os colegas da escola e não recebe nenhum tipo de convite ou visita é bom ficar em alerta, ele pode estar sendo isolado de sua turma e sofrendo com isto.
• Tristeza excessiva: também é comum que o estudante que vem passando por todos estes problemas fique chateado, triste, procure ficar longe de pessoas e prefira ficar trancado no quarto jogando vídeo game.
Se observar qualquer uma destas características, em primeiro lugar é interessante que você dialogue com o próprio jovem, se mesmo assim perceber que não resolveu procure a direção da escola.
Um erro que vários pais cometem é mudar o filho de colégio. Isto é uma ação muito prejudicial, pois você estará o ensinado a fugir dos problemas sem enfrentá-los e se a perseguição continuar no novo colégio, ele sofrerá ainda mais com o bullying nas escolas.
Outra atitude equivocada é aconselhar o estudante a revidar sempre que ouvir um insulto, com isto ele poderá se envolver em brigas ainda maiores.
O ideal é ensiná-lo a ignorar e procurar a escola para que tomem as devidas providências.
Passo 3: Discuta o problema em sala de aula
A melhor forma de combater qualquer tipo de problema é prevenir, e com o bullying infantil não é diferente.
Discutir sobre os tipos de bullying em sala de aula é extremamente importante para que os alunos tenham consciência do quanto podem prejudicar ao outro com simples brincadeiras de mau gosto.
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Tipos de bullying
Os tipos de bullying são classificados em:
• Agressões verbais: quando há insultos, xingamentos e apelidos;
• Agressões morais: quando há calúnia e difamação;
• Agressões sexuais: em casos de assédio ou abuso;
• Agressões sociais: quando a vítima é ignorada e isolada;
• Agressões psicológicas: em casos de ameaças, perseguições e manipulações;
• Agressões físicas: em situações de violência;
• Agressões materiais: quando há, furto, roubo ou destruição de pertences do colega;
• Agressões virtuais: em casos de humilhações por meio da internet.
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