Os estabelecimentos de saúde e pesquisa têm papel importante na sociedade. Além de serem responsáveis pela busca da saúde e bem estar, bem como novas descobertas no segmento biológico, trazem consigo uma responsabilidade enorme: proteger a saúde humana e o meio ambiente dos resíduos produzidos pelas pesquisas e análises.
Muitas pessoas não sabem, mas o lixo hospitalar merece atenção especial, uma vez que devem ser respeitados protocolos de manejo, classificação, armazenamento e descarte. Para tanto, é imprescindível que profissionais que lidam diariamente com gestão hospitalar busquem alternativas de capacitação profissional, o que pode ser obtido através de alguns cursos online, como um curso descarte de resíduos, junto à estudos relacionados aos malefícios do mau gerenciamento de resíduos hospitalares.
Aqui no Educamundo, por exemplo, você pode contar com o curso online Descartes de Resíduos em Laboratórios, que auxilia bastante neste processo de capacitação. Os cursos a distância, desde que realizados em instituições reconhecidas nacionalmente e com qualidade atestada, garantem a obtenção de novos conhecimentos, através de conteúdos atualizados e minuciosamente selecionados.
Você sabia que são produzidos anualmente 1,4 bilhão de toneladas de resíduos sólidos urbanos (RSU) ao redor do mundo? Isso representa 1,2 kgs de resíduo por habitante. Os dados são da ONU (Organização das Nações Unidas) e podem começar a nortear os seus estudos neste tema.
Para guiar o seu processo de aprendizagem sobre descarte de resíduos químicos em laboratórios, preparamos um artigo bem completo e especial. Hoje, abordaremos as principais definições e tipos de resíduos, bem como práticas de identificação e rotulagem. Vale dizer que todos estes pontos devem ser seguidos obrigatoriamente pelas unidades de saúde, ensino e pesquisa, uma vez que são regulados pela Anvisa, CONAMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente) e outros órgãos regulamentadores, a nível municipal, estadual ou federal. Acompanhe nossas dicas e boa leitura!
Definição e tipos de resíduos
Antes de começarmos a tratar dos procedimentos de descarte em si, é interessante desvendar todos os conceitos e definições relacionadas aos tipos de lixo hospitalar. Existe uma classificação própria para este tipo de resíduo, assinada pela Resolução RDC nº 33/03 da Anvisa, que trata do regulamento técnico direcionado ao gerenciamento de resíduos hospitalares.
São definidos resíduos hospitalares ou laboratoriais aqueles produzidos em unidades de saúde humana e animal, destacando clínicas veterinárias, hospitais, laboratórios de análises clínicas, laboratórios de pesquisa, dentre outros. Não há um único padrão no processo de classificação dos resíduos laboratoriais, até porque temos à disposição várias normativas que discutem o tema – como a o Sistema da Associação Brasileira de Normas e Técnicas (ABNT); o Sistema da Organização Mundial de Saúde (OMS), o sistema Alemão; o sistema Britânico; o sistema Environmental Protection Agency (EPA) da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, a da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e o do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA).
Tipos de lixo hospitalar
Para guiar melhor o seu processo de estudos, abordaremos a classificação adotada pela ANVISA (nº 306/04). O órgão classifica os resíduos laboratoriais, conhecidos popularmente como lixos hospitalares, em cinco tipos principais, conforme seguem:
Grupo A
Os resíduos deste grupo apresentam riscos de infecção, uma vez que contam com a presença de agentes biológicos. Dependendo do nível de concentração destes agentes, elevam-se os níveis de infecção. Há ainda uma subdivisão destes resíduos:
A1: resíduos de agentes genéticos, fabricação de produtos biológicos; estoque e cultura de microorganismos; descarte de vacinas com microrganismos vivos ou acentuados; resquícios de amostras laboratoriais contendo sangue ou líquidos corpóreos; bolsas oriundas de transfusão de sangue e microorganismos que representem algo risco epidemiológico.
A2: cadáveres de animais que passaram por processo de avaliação diagnóstica, bem como suas carcaças, partes corpóreas e vísceras que foram utilizados em processos relacionados à inoculação de microorganismos
A3: membros humanos e fetos isentos de sinais vitais, desde que o peso não exceda 500 gramas e sejam menores do que 25 cm. Vale frisar que são considerados resíduos do grupo A3 apenas aqueles membros e fetos que não foram requisitados por seus familiares.
A4: resquícios de amostras laboratoriais, sejam de urina, fezes ou materiais correlatos, desde que não caracterizem risco epidemiológico por meio de agentes contaminadores. Também pertencem à essa subdivisão os resquícios de tecidos adiposos oriundos de processos estéticos, como lipoaspiração e lipoescultura. Demais órgãos e tecidos resultantes de processos de análises diagnósticas também devem ser considerados.
A5: Materiais perfurocortantes, tecidos e órgãos que tragam a suspeita (ou confirmação) de contaminação por agentes não convencionais – os chamados príons.
Grupo B
O grupo B reúne os resíduos que possuem características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. Fazem parte do grupo os agentes antimicrobianos, hormonais, reagentes laboratoriais e substâncias que trazem em sua composição metais pesados. Incluem-se também as sobras de medicamentos controlados, desde que estejam listados na Portaria MS 344/98.
Os produtos tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos possuem uma classificação especial, também abordada no curso online Descartes de Resíduos em Laboratórios. Continue atento ao nosso conteúdo pois trataremos dessa classificação mais adiante, além de trazer uma excelente opção de curso descarte de resíduos.
Grupo C
Optando por um curso descarte de resíduos de excelência, como o que disponibilizamos aqui no portal, qualquer interessado na temática dominará as principais definições e classificações que cercam os tipos de lixo hospitalar. Você sabia que no grupo C, por exemplo, são relacionados os resíduos que tragam radionuclídeos em níveis maiores do que os permitidos pela Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN? Segundo a Lei 10.308/2001, esse tipo de substância necessita de uma destinação específica.
Necessitam desse descarte ainda mais especial os resíduos radioativos produzidos em laboratórios de pesquisa e ensino na área de saúde, análises clínicas e serviços de medicina nuclear. Como exemplos temos seringas, papel absorvente, frascos e líquidos derramados no ambiente de ensino, pesquisa ou atendimento médico.
Grupo D
Resíduos que possam ser comparados aos resíduos domiciliares, ou seja, que não apresentam qualquer nível de risco químico ou biológico, estão concentrados no grupo D. Como exemplo podemos citar as fraldas descartáveis, absorventes, sobras produzidas pela alimentação do paciente em unidades de saúde, materiais de uso administrativo, equipamentos de soro, produtos utilizados em processos de anti-sepsia e itens de uso semelhante.
Grupo E
Diferente dos demais grupos, enquadram-se no grupo E, essencialmente, os materiais e descartáveis utilizadas nas unidades de saúde, ensino e pesquisa. Cabe dizer que o gerenciamento de resíduos hospitalares não envolve somente o cuidado com o descarte das substâncias e agentes em sim, mas, também, com os materiais utilizados. Pertencem a este grupo micropipetas, lâminas, espátulas, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, tubos capilares, tubos utilizados em coletas sanguíneas e outros materiais similares.
Investir nos melhores cursos online com certificado, como o curso online Descartes de Resíduos em Laboratórios disponível aqui no Educamundo, traz ao cursista os subsídios necessários para total entendimento e qualificação profissional quando o assunto é descarte de resíduos e materiais laboratoriais. Desta forma, os interessados podem valorizar seus currículos e concorrer às mais diversas oportunidades de trabalho, seja em estabelecimentos de saúde pública, privada, ensino ou pesquisa.
Classificação de Produtos Químicos Perigosos
Enquanto para os tipos de lixo hospitalar utilizamos a classificação fornecida pela ANVISA, para os produtos químicos perigosos utilizaremos a classificação proposta pela ONU. Sendo assim, os produtos químicos com alto grau de periculosidade são distribuídos em 9 categorias:
Classe 1: explosivos
Classe 2: gases
Classe 3: líquidos inflamáveis
Classe 4: sólidos inflamáveis
Classe 5: oxidantes e peróxidos orgânicos
Classe 6: substâncias tóxicas e infectantes
Classe 7: material radioativo
Classe 8: substâncias corrosivas
Classe 9: substâncias e materiais perigosos diversos, desde que não enquadrados nas demais classes.
Lembre-se que aprofundar os seus estudos com um bom curso online na área é essencial para intensificar o seu processo de aprendizagem. Aqui te damos um panorama geral sobre o assunto, que lhe guiará ao longo dos estudos. Aliás, cursos online com certificado como os do Educamundo, que abordam o descarte de resíduos químicos em laboratórios, são indispensáveis ao seu currículo. Faça sua inscrição em um dos mais de 1200 cursos preparados por uma equipe pedagógica competente.
Caracterização dos Resíduos Químicos Perigosos
Outro tópico presente em muitos cronogramas dos cursos a distância que abordam o descarte de resíduos químicos em laboratórios, a caracterização dos resíduos químicos perigosos é destinada à classificação dos aspectos físico-químicos, biológicos, qualitativos e quantitativos de cada uma das amostras, agentes e materiais laboratoriais. Uma vez caracterizados, torna-se mais simples definir o processo de descarte destes resíduos, considerando a proteção do meio ambiente e da saúde humana.
A caracterização é realizada em três etapas distintas. Primeiramente, o profissional responsável pelo processo deve descrever, de maneira mais detalhada possível, o estado de origem do resíduo laboratorial. Devem ser observadas características como cor, odor, aspecto geral do material, estado físico e índice de heterogeneidade. Na próxima etapa devem ser observadas e catalogadas informações relativas ao estado físico, processo de origem da substância ou material, sua composição principal e, também, a destinação final.
A finalização do processo de caracterização dos resíduos químicos perigosos se dá com a escolha do descarte ideal. Existem alguns caminhos que podem ser seguidos: direcionar as substâncias para um aterro específico para resíduo perigoso, utilizar um aterro sanitário (no caso de materiais não perigosos), apostar em aterros de resíduo inerte ou optar por um tratamento térmico, que pode utilizar métodos como a compostagem, incineração, dentre outros.
Incompatibilidade Química
Quando lidamos com resíduos químicos perigosos, é preciso ter em mente que muitos deles são incompatíveis entre si, ou seja, podem resultar em explosões ou liberação de gases e substâncias tóxicas quando entram em contato. Esse cuidado deve ser observado, prioritariamente, no armazenamento destas substâncias.
A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) recomenda que sejam armazenadas em laboratório pequenas quantidades destes resíduos químicos perigosos. No caso de líquidos, o ideal é manter armazenados no máximo 2 litros. Agentes seguros devem limitar-se à 1 kg, em média. Já as substâncias tóxicas devem limitar-se a poucas gramas, garantindo a segurança do ambiente e dos profissionais que ali exercem suas funções.
O almoxarifado do laboratório, unidade de saúde ou ensino e pesquisa também deve seguir algumas estratégias de armazenamento em prol da segurança: o local deve contar com um bom sistema de ventilação, sinalização em perfeito estado e equipamentos de proteção, tanto coletiva quanto individual. Devemos frisar, também, que os ambientes laboratoriais e de armazenagem não devem ser os mesmos para as atividades administrativas.
Dica: para turbinar ainda mais seus estudos, vale consultar a tabela da UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), disponível aqui. Ela traz um panorama completo contendo as principais substâncias incompatíveis. Junto aos cursos online com certificado, é uma excelente fonte de estudos e aprendizado!
Veja a seguir alguns direcionamentos para a armazenagem de produtos químicos perigosos:
O ambiente deve ter janelas voltadas para o lado externo do almoxarifado;
As saídas de emergência devem ser de fácil acesso, bem como possuírem sinalização clara e perceptível;
O espaço deve contar com um sistema especial de refrigeração ambiental para que seja mantida a temperatura ambiente de 38º;
É obrigatório a presença de extintores de incêndio com borrifadores e vasos de areia;
Todas as lâmpadas utilizadas no espaço devem ser à prova de explosão;
As prateleiras devem ser projetadas para evitar quedas acidentais, o que pode ser obtido com suaves elevações nas partes frontais e laterais.
Identificação e rotulagem
Além de dispôr de um ambiente totalmente preparado para o armazenamento dos resíduos químicos perigosos, é interessante saber que há alguns procedimentos específicos para a identificação e rotulagem destes resíduos. Cursos online nesta área, principalmente os que são referência no mercado do ensino a distância, oferecem todo o conhecimento necessário e detalhada para que a identificação seja realizada de acordo com as exigências do setor.
As normativas que tratam desta questão são embasadas nas informações dispostas pela ABNT, através na norma 16725, criada pelo Comitê Brasileiro de Química (ABNT/CB-10) e publicada em 2011.
Os resíduos químicos devem ser acondicionados em recipientes próprios que garantam a segurança dos profissionais que os manipulam, bem como dos que os transportam. Além de as etiquetas de identificação serem fabricadas em materiais resistentes aos resíduos químicos – garantindo clareza nas informações por longos períodos – informações como periculosidade, nome do resíduo e composição qualitativa são indispensáveis.
Qualifique-se profissionalmente com o curso descarte de resíduos
Agora que você já tem uma abordagem geral sobre os tipos de resíduos laboratoriais, bem como os cuidados com descarte e armazenamento, que tal aprofundar mais os estudos com o curso online sobre descartes de resíduos em laboratórios que temos disponível aqui no Educamundo? O curso é destinado não somente a profissionais da área da saúde, bem-estar e meio ambiente, mas a todos aqueles que desejam entender como realizar o descarte de resíduos e proteger a saúde humana e o meio ambiente.
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