Cartografia social é o ramo da Cartografia que elabora mapas sociais, que expressam a realidade de populações específicas. Os mapas são criados com a participação dessas comunidades e usados como instrumento de defesa de seus direitos.
Você sabe o que é cartografia social? Saindo da cartografia tradicional, de mapas políticos, rodoviários e outros, esse viés dessa ciência trabalha, entre outras coisas, com a identificação de ocupação de territórios em disputa e sua demarcação.
É um mapeamento feito de forma participativa. O primeiro desse tipo data da década de 70: “Projeto de Uso e Ocupação de Terras pelos Esquimós”, desenvolvido no Canadá.
Falaremos um pouco mais sobre esse tema neste artigo, que traz uma amostra do Curso Online Identidades Culturais Brasileiras , do Educamundo.
Conheça o conceito e demais aspectos da cartografia social
A definição de cartografia social diz que se trata de uma vertente da ciência cartográfica que, de maneira crítica e participativa, trabalha com a caracterização espacial de territórios de interesses socioambiental, econômico e cultural, que estão em disputa e que possuem vínculos ancestrais e simbólicos.
Na cartografia social, a população desenha os mapas dos espaços e territórios que ocupam, é claro, com a ajuda de profissionais. A primeira iniciativa no Brasil ocorreu em territórios da Amazônia Legal e a partir daí se estendeu para outras regiões do país, principalmente para as áreas rurais. Ela é, de certo modo, muito importante para a identidade cultural brasileira.
O que é a cartografia social?
A cartografia social é uma abordagem dentro da geografia e da pesquisa social que foca na participação ativa das comunidades na criação de mapas e representações geográficas que expressam suas visões, experiências, e interesses.
Entender o que é identidade cultural brasileira é entender que esse tipo de cartografia se distingue por seu caráter colaborativo e emancipatório, pois é frequentemente utilizada para ampliar a visibilidade de problemas sociais, culturais, e ambientais vividos por comunidades muitas vezes marginalizadas ou ignoradas pelos métodos de mapeamento convencionais. Por isso, se torna uma ferramenta essencial também para os aspectos relacionados à identidade cultural brasileira.
O que é um mapa social?
O mapa social é a representação de populações tradicionais de nossa cultura, como os ribeirinhos, extrativistas, indígenas, quilombolas, agricultores familiares e todas as minorias que ajudam a formar a identidade cultural brasileira.
Mas o seu papel é muito mais do que apenas representar graficamente essas populações. O mapa social é usado como ferramenta para fazer valer os direitos desses grupos frente a empreendimentos como:
- construção de usinas hidrelétricas;
- não cumprimento de normas relacionadas à delimitação de terras indígenas;
- não cumprimento de leis que regulam as delimitações de áreas de preservação ambiental;
- implantação de projetos de mineração; dentre outros.
O mapa social não tem informações técnicas, eles mostram o cotidiano de uma determinada comunidade. As representações aparecem em forma de lagos, rios, casas, hospitais, escolas, áreas de lazer, sistemas de esgoto e tudo que a comunidade julgar importante.
Tipos de cartografia social
Os tipos de cartografia social são determinados, na verdade, pelas populações que eles representam:
- pescadores;
- seringueiros;
- mulheres quebradeiras de coco;
- extratores;
- carvoeiros;
- quilombolas;
- castanheiros; dentre outros.
Esses grupos, que representam parte da identidade cultural brasileira, contam com o apoio de associações, movimentos, cooperativas e sindicatos para, por meio do mapa social, afirmarem seus direitos territoriais.
Nova cartografia social dos povos e comunidades tradicionais do Brasil
Além de entender o que é identidade cultural brasileira e dessa representação em mapas sociais, precisa saber que há uma nova cartografia social.
A Nova Cartografia Social dos Povos e Comunidades Tradicionais do Brasil é um projeto da Associação Pro Reintegração Invernada Paiol de Telha, constituído de vários fascículos sobre o cotidiano e o mapa social de várias comunidades espalhadas pelo Brasil, sobretudo com histórias desses povos e suas contribuições para a identidade cultural brasileira.
Nos mapas que representam a identidade cultural brasileira, exemplos são, como já falamos, dos povos tradicionais, como ribeirinhos, quilombolas etc. Outro exemplo é o projeto nova cartografia social da Amazônia, que mapeia as comunidades e formas nativas de uso dos recursos naturais e dispõe de informações sobre o uso da terra, a conservação florestal e o uso sustentável dos recursos naturais.
Outra ferramenta que foge aos conceitos de mapas tradicionais é a cartografia social afetiva, importante para a gestão de políticas públicas e essencial para avaliar a realidade social, seus processos de mudança e as condições de vida das pessoas. Dessa forma, é possível identificar de problemas e necessidades reais, possibilitando a elaboração de políticas públicas mais eficazes, alinhadas com as condições e as demandas da população.
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