Você já parou para pensar na influência da gramática em sua produção textual? O Educamundo preparou este artigo exatamente para destacar e tratar temas importantes no campo gramatical, suas influências e, sobretudo, funções relacionadas às técnicas de redação.
A gramática pode ser definida como o sistema de estruturas, sons e significados de uma linguagem, ou, simplesmente, o modo como palavras são associadas para formar frases adequadas e com sentido. O seu ensino garante acesso ao aprendizado da língua portuguesa, e para que você entenda melhor esta temática, separamos várias dicas de redação para você.
Quando você nasce, adquire experiências e aprendizados que serão importantes durante toda a sua vida, mas enquanto criança, é difícil entender os porquês de tantas regras para se viver em sociedade. Com a gramática ocorre o mesmo processo, de início ela pode parecer algo muito complexo e sem sentido, mas ao estudá-la mais profundamente você perceberá que ela obedece uma lógica vital na construção textual.
A função da gramática é exatamente dar sentido e lógica à escrita. Para elucidar melhor: imagine um prédio sem tijolos em analogia a um texto sem as classes gramaticais adequadas – o resultado seria semelhante, se equiparados. A gramática é extensa e tem suas próprias particularidades, portanto, se você está com dificuldades para compreender o todo, priorize os elementos gramaticais que mais afetam a capacidade de redigir um texto de forma eficaz.
As escolhas gramaticais dentro de um texto moldam diretamente a sua escrita e o seu estilo. Dessa forma, desenvolver frases com excelência gramatical tornam o seu texto muito mais preciso em sua função de se comunicar. É como aprender a realizar operações matemáticas, após adquirir o conhecimento necessário, tudo passará a fazer sentido, possibilitando a organização e expressão de ideias em sua mente.
Em um mundo cada vez mais globalizado, a gramática parece mais distante, em virtude da constante evolução da comunicação e o surgimento de ferramentas modernas. Por essa razão, a redação online enfrenta problemas sérios quanto ao seu conceito gramatical, já que exige uma gramática sem erros.
Estudar gramática exige compromisso e dedicação. Os obstáculos são diversos, por isso, estudar por meio de um curso de redação é uma ótima dica. Nos próximos tópicos vamos abordar assuntos importantes para que você entenda melhor esse tema.
Aprenda técnicas de redação referentes à gramática e melhore sua escrita
Todo texto deve ter um estilo próprio que obedeça às regras gramaticais. Neste tópico vamos versar sobre algumas técnicas para que você não se complique durante a construção textual de uma redação. É importante ter em mente que sua produção deve ser clara e objetiva, afinal, a melhor escrita será aquela que apresentar uma estrutura coesa e coerente em consonância à gramática.
Manter a consistência é fundamental para a linearidade do seu texto, para isso, você precisa manter os seus conhecimentos em gramática em dia, e por isso, separamos cinco dicas gramaticais importantes que o auxiliarão durante a sua construção textual:
O emprego do “onde”: muitas pessoas têm dificuldade na hora de empregá-lo. “Onde” se refere a lugar, no entanto, é comum utilizá-lo erroneamente quando queremos referenciar algo que não faz referência a um lugar próprio. Esteja também atento ao uso de “aonde”, verbos que indicam movimento, como dirigir, por exemplo, exigem a sua utilização.
Ex: O político divulgou nota onde nega as irregularidades. (errado)
O político divulgou nota em que nega as irregularidades. (correto)Ex: Onde você quer chegar? (errado)
Aonde você quer chegar? (correto)Cuidado com a vírgula e a pontuação em geral: você se lembra daquela famosa dica para se colocar vírgula quando o texto necessita de uma pausa para a respiração? Pois é, fuja disso, pois o uso da vírgula, assim como a utilização de qualquer pontuação, deve respeitar regras básicas, afinal, se usados de forma errônea, podem mudar até o sentido de seu texto.
Ex: Você ficará em casa ou irá à festa?
Não, irei à festa. (você irá à festa)
Não irei à festa. (você não irá à festa)Figuras de linguagem (hipérbole, pleonasmo, etc.) : saiba trabalhá-las em sua redação, já que devem ser utilizadas como um auxílio à sua construção textual, jamais como uma finalidade. Afinal, uma redação tem uma estrutura específica devido a sua proposta, e o uso demasiado de figuras de linguagem pode prejudicar o desenvolvimento de seu texto.
O uso do mal/mau: as duas formas estão corretas, no entanto, muitas pessoas acabam se confundindo na hora de empregá-las corretamente. Para entender qual você de utilizar, basta substituí-las pelos seus antônimos na frase, vejamos:
Mal/Bem
Mau/BomEx: “Você me faz tão bem.” Logo a utilização correta do uso é mal com L: “Você me faz tão mal.”
Ex: “Eu sou o lobo bom.” Logo, a utilização correta do uso é mau com U: “Eu sou o lobo mau.”
A utilização do mas/mais: é muito fácil compreender o uso correto. “Mas” é uma conjunção adversativa e é usada quando ocorre oposição. Já o “Mais” é um advérbio de intensidade que indica quantidade, vejamos:
Ex: Gostaria de beber um pouco mais (sentido de quantidade) de água, mas (sentido de oposição) a água acabou.
Dicas de redação são essenciais para que você possa realizar um texto conciso e de qualidade. Uma boa sugestão para quem não sabe como começar a estudar, é optar por um curso de redação online
Entenda o novo acordo ortográfico, sua origem e seus objetivos
O novo acordo ortográfico foi assinado em 1990 por oito países que têm a língua portuguesa como oficial (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste), dispondo como finalidade uniformizar a escrita e a ortografia do português, simplificando suas regras e, consequentemente, prestigiando a língua diante do cenário internacional.
O acordo passou a valer somente no início de 2009 no Brasil, já em Portugal, também no mesmo ano, entrou em vigor em 13 de maio. Foi decidido, em ambos os países, um intervalo de transição em que as duas normas seriam aceitas por um tempo determinado.
No Brasil, o prazo sofreu alterações, primeiro em 2013, e depois em 2016, data em que de fato o acordo passou a vigorar. Essa demora ocorreu devido à dificuldade da população em introduzir o novo acordo ortográfico em seu dia a dia. Na verdade, ainda hoje, muitas pessoas apresentam dúvidas sobre o assunto.
Saiba o que mudou com o novo acordo ortográfico
Para incrementar nossas dicas de redação e para que você entenda melhor cada aspecto da mudança ortográfica, elaboramos um breve guia para você:
Alfabeto: tinha 23 letras antes da introdução do acordo ortográfico, passou a ter 26 letras, foram adicionadas as letras K, W e Y:
Antes: A B C D E F G H I J L M N O P Q R S T U V X Z
Agora: A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z
Acentuação: o que mudou?
Trema: não acontece mais na letra u, para indicar a sua pronúncia, em gue, gui, que e qui, ex: agüentar/aguentar. Entretanto, se mantém em palavras estrangeiras e derivadas, ex: Müller.
Não ocorre mais o acento circunflexo em palavras terminadas em EE e OO(S), ex: vêem/veem e enjôo/enjoo.
Não ocorre mais o acento agudo no u tônico do presente do indicativo dos verbos: arguir e redarguir.
Não ocorre mais acento em I e U tônicos após os ditongos em palavras paroxítonas, ex: feiúra/feiura. Entretanto, as oxítonas terminadas em I e U continuam com acento, ex: Piauí.
Não se faz mais uso de acento nos ditongos abertos tônicos EI e OI em paroxítonas, ex: idéia/ideia. Os monossílabos tônicos e oxítonas terminadas em ÉIS, ÉU(S), ÓI(S) mantêm o acento: céu, herói etc.
Usado para se distinguir uma palavra de outra, o acento diferencial não ocorre mais em componentes de alguns pares, ex: pára/para, pêlo/pelo, pêra/pera… No entanto, ainda continua em alguns pares como: pôde/pode, pôr/por, têm/tem…
Mudanças no emprego do hífen:
Usa-se hífen antes de palavras iniciadas por H. Ex: anti-higiênico, super-homem, etc.
No caso dos prefixos terminados em vogais é necessário fazer uma distinção, pois somente há o uso do hífen em referência a vogais iguais. Ex: micro-ondas, semi-interno, etc. Já em vogais diferentes, não há ocorre o uso. Ex: autoacusação.
Prefixos co, coo, re, ree: não ocorre o hífen. Ex coautor, cooperar, reescrever, etc.
Prefixos terminados em consoante: usa-se diante da mesma consoante. Ex: inter-racial. Já diante de consoante diferente e vogal não ocorre o uso. Ex: superbactéria, interestadual.
Prefixos ex, além, aquém, pós, recém, e sem: ante palavra começada por qualquer letra. Ex: sem-terra, recém-casado, etc.
Prefixos pré, pró e vice: usa-se hífen em referência a qualquer desses. Ex: pré-natal, pró-vida, vice-presidente.
Prefixo sub: usa-se hífen somente diante de palavras que começam com b ou r. Ex: sub-região.
Prefixo ad: somente antes de palavras que começam com d ou r: Ex: ad-renal.
Prefixos pan e circum: palavras que começam com m, n e vogal. Ex: pan-americano, circum-navegação.
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Compreenda os fundamentos da coesão e da coerência textual
Neste tópico vamos abordar as principais características sobre coesão e coerência. Elas são fundamentais para auxiliar na comunicação e na legibilidade das suas ideias. Esses dois conceitos são bem difundidos e conhecidos por todos, mas por possuírem similaridades, ainda geram muitas dúvidas.
A coesão está análoga à estrutura do texto. Ou seja, é a utilização apropriada dos mecanismos exigidos para se alcançar uma harmonia textual, por isso, compreende-se por meio de seus vínculos linguísticos e por intermédio das classes de palavras, como: artigos, substantivos, verbos, etc.
Para que você entenda melhor, vamos imaginar a seleção feminina de vôlei brasileira. Referência mundial em sua categoria esportiva e famosa por apresentar um jogo coeso. Para se ter um time são necessárias, no mínimo, seis jogadoras em quadra, cada qual em sua respectiva função e posição. Agora, pense em uma atacante na posição de levantadora, e uma meio de rede na função de uma oposto. O time, então, perderá toda sua coesão, ou seja, sua estrutura base.
Como você observou no exemplo acima, ela exige uma lógica, e com a sua redação não será diferente. Sobre a coerência, deixamos a estrutura de lado e passamos a trabalhar com os significados, já que fornecem lógica ao seu texto. Basicamente, a coerência é o modo como você coloca cada palavra em seu texto a fim de um resultado final com sentido, ou seja, um texto deve se pautar em fundamentos entre as suas palavras, frases, parágrafos e, principalmente, como um todo. Vejamos um exemplo abaixo:
Ex: “Eu odeio feijão, por isso vou pedir uma feijoada.”
Como podemos observar no exemplo acima, não há lógica, portanto, não há coerência. A frase coerente seria:
Ex: “Eu odeio feijão, por isso não vou comer feijoada.”
Um texto sem coesão e coerência não atingirá o objetivo almejado, por isso esteja atento a todos os detalhes. Estudar por meio de um curso de redação online pode lhe ajudar a melhorar os seus conhecimentos. Além disso, com cursos online quem decide a hora de estudar é você, o que resulta em facilidades em seu cotidiano, melhor ainda se forem cursos online com certificado, já que eles lhe proporcionarão, além do ensino, a certificação do conteúdo aprendido.
Desenvolva técnicas de redação referentes a revisão de seu texto
Além de saber como começar uma redação dissertativa, para muitas pessoas a parte mais difícil na elaboração de uma redação é exatamente o momento de sua revisão textual. No entanto, não há necessidade de preocupação, pois é natural encontrar dificuldades durante a análise de um texto. Manter a calma é o segredo para se realizar uma verificação de qualidade. Pensando nessas adversidades, elaboramos dicas para que você possa fazer e concretizar sua revisão de forma plena, de modo a lhe capacitar a alcançar os resultados almejados.
Já pensou esquecer de colocar aquela vírgula ou aquele acento e mudar o sentido de uma frase, prejudicando sua redação? Pois é, ninguém quer passar por essa situação. Revisar significa rever, novamente, tudo o que foi exposto no seu texto. Ou seja, será a sua oportunidade de analisar sua redação com critério e clareza e se certificar da qualidade e entendimento do conteúdo textual que você produziu. Por isso, examinar a escrita é um processo tão importante na construção de uma redação.
Para começar, leia todo o seu texto com atenção e assinale o que julga ser repetitivo e cansativo. Faça, então, um rascunho com as informações que podem ser adicionadas a redação. Elimine as referências que julgou desnecessárias e introduza as novas ideias. Deste modo você estará enriquecendo a sua escrita e a tornando mais atraente ao leitor.
Agora é a hora de ler novamente seu texto e procurar por erros relacionados a gramática e ortografia e, se necessário, mudar as estruturas das frases. É fundamental lembrar que um texto deve manter sua coesão e coerência para fazer sentido. Uma boa dica é ler em voz “alta” sua produção textual. Caso você esteja treinando sua redação online em casa, use e abuse dessa técnica. Entretanto, dificilmente você terá esta oportunidade em um ambiente de prova.
Ao analisar seu texto, procure também por todos os adjetivos. Caso haja adjetivos fracos, substitua-os por fortes e objetivos. Sempre leia sua redação pensando no leitor e questione-se: qualquer pessoa pode ler esta redação? Este texto faz sentido? Há algum parágrafo que precisa ser reescrito? Saber essas respostas tornarão sua redação melhor.
Verifique se a sua escolha de palavras e linguagem está transmitindo, de fato, o seu ponto de vista sobre o assunto determinado, e tenha a certeza de que todos os tópicos estão perfeitos. Os detalhes que você forneceu devem dar ao seu leitor informações suficientes para que ele possa formar uma opinião completa, já que todos os detalhes na redação devem ajudar o avaliador a entender o significado do texto segundo o seu ponto de vista.
Você deve ter percebido que falamos muito sobre ler e reler o texto, por isso, não tenha dúvidas se achar que precisa ler o seu texto novamente, com a prática você também passará a adquirir um olhar clínico para esta finalidade, o que, com certeza, auxiliará na produção de sua redação. Tenha acesso ao curso online técnicas de redação e amplie seu conhecimento nessa e nas mais diversas áreas da produção textual.
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