Estudos mostram que o TDAH (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade) afeta cerca de 3 a 6% das crianças do mundo todo. Há, contudo, pesquisas que sugerem um número ainda maior, 11% no total.
Durante muito tempo acreditava-se que tal transtorno desapareceria com o fim da infância. Esta informação já não é mais aceita. Com o aumento de estudos feitos na área, educadores e psicólogos chegaram a conclusão de que boa parte destas crianças continuarão a apresentar os sintomas do TDAH na adolescência e ao longo da idade adulta.
Diante destes dados, fica evidente a necessidade de tratar o TDAH logo na infância, uma vez que dispensar a atenção adequada evitará prejuízos em diversos aspectos da vida, especialmente no âmbito escolar.
A importância do diagnóstico correto no TDAH
O TDAH pode facilmente ser confundido com rebeldia ou falta de disciplina. Até porque, alguns de seus sintomas são bem similares a características típicas da infância, como agitação e dificuldade em prestar atenção em alguns assuntos.
Para evitar erros no diagnóstico, a Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva diz, em seu livro “Mentes Inquietas”, que é necessário avaliar a intensidade, a frequência e a constância dos sintomas. Segundo ela, tudo na criança TDAH parece estar a mais.
Para tanto, é preciso ser muito perspicaz e conhecer profundamente as características infantis, bem como as do TDAH. É a partir delas que professor e família terão as diretrizes para ajudar no processo de aprendizagem dos alunos com o transtorno.
Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade
O TDAH constitui-se pelos sintomas de desatenção, impulsividade e hiperatividade, sendo que o único que está presente em 100% dos quadros é o déficit de atenção. Já a presença da impulsividade e da hiperatividade varia de caso para caso. Uma criança pode, por exemplo, apresentar sintomas de desatenção, mas não ter hiperatividade física.
Déficit de atenção: não é distração, é excesso de pensamentos
Quando se fala em desatenção (déficit de atenção) surge uma falsa ideia de que crianças com TDAH são incapazes de focar em algo. Isto não é verdade, ainda conforme a Dra. Ana Beatriz Barbosa, o que ocorre é, na verdade, uma instabilidade de atenção.
De fato, na maior parte do tempo, estas crianças possuem dificuldades em se concentrar nas tarefas, no que o professor está explicando e até nas conversas.
Existe, porém, no TDAH um quadro chamado hiperfoco, isto é, períodos de excesso de concentração que aparecem quando a criança se depara com algo que ela gosta muito ou que desperta seu interesse.
Impulsividade: o sintoma confundido com rebeldia
A impulsividade presente no TDAH caracteriza-se pela presença de falas e ações, como já sugere o nome, impulsivas.
Crianças com este transtorno que apresentam o sintoma de impulsividade acabam sendo “grosseiras”, “respondonas” e têm reações exageradas e até agressivas em brincadeiras.
Hiperatividade: características das crianças hiperativas
A hiperatividade se manifesta em forma de agitação física. Crianças hiperativas são aquelas que não param quietas, mexem em várias coisas e estão sempre “elétricas" e "agitadas".
Na sala de aula é fácil reconhecê-las. Elas não ficam em suas carteiras, estão sempre pulando e são agitadas até mesmo nas brincadeiras.
O papel da família e da escola
Os sintomas do TDAH tendem a se manifestar com mais força no início da vida escolar, momento em que pela primeira vez a criança se depara com a necessidade de ficar sentada na carteira, prestar atenção e ter disciplina com as atividades.
Ao perceber que a criança apresenta dificuldades nesses aspectos, pais e professores devem procurar ajuda (médico, psicólogo e/ou psicopedagogo).
Caso o diagnóstico seja positivo, escola e família devem iniciar, juntos, um plano de ação adequado que vise melhorar o desempenho escolar do aluno.
Crianças hiperativas, com déficit de atenção e impulsividade: possibilidades pedagógicas
Compreender que as atitudes da criança não tem relação com rebeldia, falta de disciplina e de interesse, possibilita uma série de abordagens eficazes para o TDAH em sala de aula.
Ao entender aspectos como hiperfoco, por exemplo, uma das alternativas para as aulas pode ser a adoção de estratégias como jogos educativos, brincadeiras lúdicas e contação de histórias.
Estas atividades, por serem prazerosas, ajudam a criança se interessar pela aula proposta, assim ela aprende e se diverte ao mesmo tempo.
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