Mesmo quando pouco se sabia sobre o avanço da tecnologia e sobre a própria internet, já existia uma curiosidade acerca de robôs.

O cinema e a televisão, por exemplo, foram os responsáveis por sugerir que “no futuro” haveria robôs substituindo pessoas em várias tarefas. E não é coisa recente, não.

Os Jetsons, o desenho animado produzido pela Hanna-Barbera, exibido inicialmente no início dos anos 60 e depois na década de 80, já tinha um robô na família, a Rosie, que era a empregada doméstica.

Passadas algumas décadas, já existem robôs por todo o lado. A robótica aliada à inteligência artificial e aos rápidos avanços nas áreas tecnológicas resultam em robôs que podem realizar mais tarefas que dependiam de habilidades humanas há apenas alguns anos.

Isso nos leva ao questionamento que preocupa profissionais de áreas diversas: robôs podem significar menos empregos? Impactam em outros fatores, como no salário? Há competição entre homens e robôs?

Vamos ver as respostas a seguir.

Robôs estão tirando profissionais do mercado de trabalho e impactando em seus salários?

A automação industrial foi um dos processos que fez diminuir a contratação de trabalhadores para determinadas tarefas no chão de fábrica, por exemplo. Robôs colaborativos têm aumentado os níveis de eficiência e oferecem mais segurança.

Um exemplo é a linha de produção de cabines da Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo que, com o uso de robôs colaborativos, aumentou em 15% a eficiência e 20% a logística.

No entanto, as máquinas não trabalham sozinhas, existe a interação com o trabalho humano. Os processos de automação extinguiram sim, algumas posições, mas não totalmente.

Na área médica, por exemplo, os braços robóticos já estão sendo usados em cirurgias, com a vantagem de alcançarem lugares que as mãos humanas não alcançam. É claro que eles jamais trabalharão por conta própria, sozinhos. O cirurgião não perderá seu posto, no entanto, já se percebe outra coisa: ele precisará de novas habilidades para o manejo das novas tecnologias.

Todos esses avanços em automação são parte da Indústria 4.0. Se por um lado essa tendência tirar trabalhadores da produção industrial em massa — de peças, por exemplo —,­ por outro lado abre novos campos de trabalho, na criação, montagem e manuseio de máquinas.

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Robôs podem impactar em salários?

De acordo com a matéria “Are Workers Losing to Robots?”, em tradução livre “Trabalhadores estão perdendo para robôs?”, do Federal Reserve Bank of San Francisco, em matéria de salários há, sim, um impacto negativo.

A matéria aponta que a relativa queda nos preços de robôs torna lucrativa a automação. Dessa forma, trabalhadores têm medo de negociar seus salários e pedir aumento, pois podem ser trocados pelas máquinas. Ou seja, trabalhadores perderam o poder de barganha.

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Dicas para não perder seu espaço para as máquinas

Dizer que todas profissões serão trocadas por máquinas é um exagero. No entanto, já demos um exemplo sobre algumas funções de plantas industriais que foram substituídas e temos outro exemplo que ilustra bem esse cenário: em alguns supermercados, o comprador não precisa mais do caixa para registrar e cobrar suas compras, pois o processo está automatizado.

O que fazer então? Estudar, se capacitar e ampliar os conhecimentos. Aprender sobre tecnologia é um caminho, pois é preciso quem conheça sobre como programar ou fazer a manutenção dos robôs, por exemplo.

Além disso, enquanto a automação ganha espaço, outras competências passam a ganhar destaque, como as soft skills, nome dado ao conjunto de habilidades sociais, mentais e emocionais. Você pode apostar nessas áreas também.

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