Ocorreram muitas mudanças na ortografia da nossa língua e nada como informações sobre o Novo Acordo Ortográfico para nos atualizar sobre esse assunto. Além das mudanças, surgem questionamentos que nos fazem querer entender como esse novo acordo surgiu e por quê. Além das regras, podemos entender e aprender mais sobre esse tema que atrae os falantes e os amantes da língua portuguesa. Pronto para conhecer as mudanças que ocorreram na escrita da nossa língua? Ao final da sua leitura, você vai querer aprofundar seus conhecimentos e ficar atualizado nesse tema tão importante para todos nós.
Saiba tudo sobre o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa!
A história do Novo Acordo Ortográfico
O novo acordo ortográfico da língua portuguesa é muito mais do que regras de ortografia. Oi? Como assim? Este artigo não vai explicar as regras? Vai, sim. Claro que você precisaria acessar um curso online para ter um conhecimento completo, mas, sim, vamos te explicar. Contudo, não só isso! Depois de responder algumas perguntinhas que podem permear sua mente neste momento, vamos falar da importância de entender não as regras do acordo, mas também questões históricas, relações internacionais com outros países e muitas discussões acerca do que muda em relação ao português do Brasil e o Português de Portugal.
A quem interessa este assunto?
Obviamente muitos profissionais da área de letras buscam cursos online com certificado por diversos motivos: aprofundar seus conhecimentos, certificação para prova de títulos, reconhecimento profissional, entre outros. Mas este assunto também interessa profissionais de outras áreas, que atuam na escrita de diversos gêneros textuais que visam alcançar diversas esferas sociais. Portanto, não é de se admirar que esses escritores, preocupados com a correta grafia das palavras, procurem por cursos online que abordem o tema.
Por que procurar cursos a distância?
A busca por cursos a distância se dá pela vontade de compreender as regras de ortografia, desvendar os mistérios, as razões e definitivamente os porquês de um novo acordo ortográfico; e tudo isso de forma rápida, instântanea, pois no mundo moderno há quem precise adequar sua rotina e seu tempo aos estudos. Cursos online com certificado atraem ainda mais o público que deseja tornar-se autenticado no assunto.
O Novo Acordo é obrigatório?
Sim, ele é obrigatório. Não é à toa que há busca por cursos online que abordem esse assunto. Uma das questões respondidas nos cursos a distância é se o novo acordo é tão novo assim. Na verdade, não. Ele só foi colocado em prática há pouco tempo, em 2009, mas este existe desde 1990. Diante de tanta novidade e de alguns questionamentos sobre o tema, cabe aqui uma breve explicação sobre o que é o novo acordo, se ele já ocorreu em outros momentos da história e o porquê. Para os leitores que desejam um aprimoramento no assunto e buscam certificação online no que se refere ao tema, um curso online Reforma Ortográfica da Língua Portuguesa poderá sanar todas as dúvidas e certificá-lo também. Vamos dar continuidade a nossa conversa?
Português ou Brasileiro?
Esse é o título de um dos livros do linguista Marcos Bagno que comprova que há, sim, uma distinção entre o português falado no Brasil e o português falado em Portugal. Você provavelmente já ouviu falar em Português do Brasil e Português de Portugal. Pois é, essa distinção existe porque há diferenças no modo como a língua é falada em cada um desses dois países e, apesar das duas terem a mesma origem, no latim, e de no Brasil termos herdado a língua do nosso colonizador, já em terras tupiniquins, no contato com os indígenas e posteriormente com os africanos – sem esquecer dos imigrantes vindos de diversas partes do mundo – a nossa língua sofreu variações.
Mas o que tem a ver a língua falada com a escrita?
Esse contato fez com que a língua falada influenciasse também na escrita (lembre-se de quem faz a língua é o falante) e, por isso, a nossa ortografia difere da ortografia até então utilizada em Portugal. Em cursos online sobre o tema você pode atestar as diferenças ortográficas entre as duas raízes Mas por que após tantos séculos resolveram promover um novo acordo ortográfico da língua portuguesa? Pois bem! Essa não foi a primeira tentativa. Existiram outras em diferentes situações e épocas. No começo do século XX, em 1911, Portugal formalizou sua primeira grande reforma que se estendeu para as suas colônias na África, mas sua ex-colônia, o Brasil, não. Então, vinte anos depois, em 1931, a ABL (Academia Brasileira de Letras) tentou um acordo para unificar as duas ortografias, mas não obteve êxito com a Academia das Ciências de Lisboa. Em 1943 e também em 1945 foram feitas novas tentativas de acordo, mas sem sucesso.
Já que não havia acordo entre Brasil e Portugal em relação a um novo acordo ortográfico, em 1971 e 1973 os dois países realizaram reformas internas que diminuíram as diferenças ortográficas entre as duas raízes. Mesmo assim, em 1975, foi feita uma nova tentativa e de novo em 1986. A novidade é que nesse ano além de Brasil e Portugal participarem da nova tentativa de acordo, participaram também as ex-colônias portuguesas de origem africana, totalizando 7 países. Contudo, mais uma vez, não teve acordo!
Você pode estar se perguntando “Por que tantas tentativas frustradas?”. Tentava-se unificar 100% as duas ortografias e isso desagradava quando não um lado, o outro. Também acabava envolvendo, naturalmente, a opinião pública.
Já o novo acordo ortográfico atual entende que não é possível unificar inteiramente as duas raízes ortográficas, mas é claro, procura diminuir essas diferenças, contudo, sem prejudicar na pronúncia. Por isso existem diversas palavras aceitas com duas grafias, como facto e fato, que veremos mais detalhadamente adiante.
Afinal, qual a razão para o novo acordo ortográfico da língua portuguesa?
O motivo para o novo acordo ortográfico da língua portuguesa visa amenizar as atuais dificuldades existentes em relação ao intercâmbio cultural entre os países que falam a língua portuguesa. O governo angolano, por exemplo, diz que já há um progresso em relação ao novo acordo ortográfico. Pensemos que a existência de diferentes regras de ortografia de uma mesma língua dificultaria a propagação de bibliografias, impossibilitando as relações políticas, sociais e envolvendo até a questão econômica, pois seriam necessárias diferentes edições que contemplassem todas as ortografias da língua. Até mesmo os cursos a distância entre países de língua portuguesa poderiam ser prejudicados com as dificuldades em relação à ortografia. Para visualizar essas mudanças, vamos seguir a leitura e entender as regras e o seu uso em diferentes situações.
As Regras do Novo Acordo ortográfico da língua Portuguesa
Alfabeto
Você já deve saber que no nosso alfabeto foram incluídas 3 novas letras: K, W e Y. Dependendo da sua idade, essas letras sempre existiram, mas antes do novo acordo ortográfico, elas não eram obrigatórias. Hoje são. Então, em vez de 23 letras, passamos para 26. É sabido que em algumas situações anteriores à reforma, essas letras foram emprestadas à nossa língua, como em palavras estrangeiras, siglas e nomes próprios. Podemos observar isso por meio dos exemplos: km (quilômetro), w (watts), kg (quilograma), kung fu, Wilson, Kafka e Franklyn.
Acentuação
Acento agudo
Não existem mais os acentos agudos nos ditongos ei e oi das palavras paroxítonas (penúltima sílaba tônica das palavras). Exemplos: moreia, europeia, paranoia, centopeia, onomatopeia, joia, estreia.
Contudo, precisamos lembrar que a mudança se deu nas palavras paroxítonas. Então, os ditongos nas palavras oxítonas não perdem os acentos, ou seja, seguem sendo acentuadas, portanto: herói (oxítona acentuada), heroico (paroxítona não acentuada).
Perdem também os acentos agudos as palavras em que o i e u tônicos (com o som mais forte na letra) vierem depois de um ditongo decrescente, por exemplo: feiura, baiuca, bocaiuva.
É importante lembrar que o i e u tônicos, depois de um ditongo crescente, permanecem com acento. Como na palavra Guaíba.
Acento circunflexo
Deixaram de existir os acentos circunflexos nas palavras terminadas em -eem e -oo(s). Hoje em dia, o voo está atrasado, os fiéis creem e os ávidos por conhecimento leem. É tentador, mas essas palavras não recebem mais o acento circunflexo!
Acento conforme a pronúncia
Algumas palavras são pronunciadas de duas formas diferentes, ou seja, permitem duas pronúncias, por exemplo os verbos que terminam em guar, quar e quir como apaziguar, averiguar e delinquir . Então, dependendo da pronúncia, acentua-se ou não. Então, se for com a ou i tônicos: enxágue, apazíguo. Contudo, se for com u tônico: enxague, apaziguo.
Acento diferencial
Alguns acentos eram utilizados para diferenciar, por exemplo, verbo de preposição, mas esses acentos diferenciais deixaram de existir. Hoje não se diferencia por meio dos acentos os pares: pára (verbo)/para (preposição), pêlo (substantivo)/pelo (preposição), pólo (substantivo)/polo (eixo), péla (verbo)/pela (preposição), pêra (substantivo)/pera (antiga preposição).
As únicas exceções para esta regra são os pares: pôde (verbo no passado) e pode (verbo no presente). Pôr (verbo) e por (preposição).
Também permanecem os acentos que diferenciam singular de plural. Por exemplo: tem/têm, vem/vêm, mantém/mantêm, contém/contêm, convém/convêm, detém/detêm, intervém/intervêm.
Já nas palavras forma ou fôrma, a acentuação é facultativa.
E como ficas as outras regras de acentuação?
É de suma importância lembrarmos que as demais regras de acentuação continuam valendo. Por exemplo, os monossílabos tônicos terminados em a (s), e (s) e o (s), como nas palavras pá, lá, pé, fé, só, dó, seguem sendo acentuados.
As oxítonas (última sílaba tônica) terminadas em a (s), e (s), o (s), ém/ éns permanecem acentuadas, como em você, vovó, cajá, amém, armazém, parabéns etc. Também as paroxítonas terminadas em x, r, l, ps, n, us, i, is, on, ons, um uns, ã (s), ão (s) e ditongo, seguido ou não de s, também continuam sendo acentuadas. Veja: tórax, repórter, fusível, bíceps, hífen, álbum, fóruns, vírus, júri, oásis, plâncton, plânctons, ímã/ ímãs, órfão/ órfãos e pátio/ pátios.
Não podemos nos esquecer da regra de acentuação mais querida por todos por ser a mais fácil: Todas as proparoxítonas são acentuadas. A exemplo temos as palavras: último, única, lâmpada, pródigo, tímido, páprica etc.
Há cursos online com certificado que ensinam exclusivamente regras de acentuação e neles vocês podem testar seus conhecimentos sobre as novas regras e as que permanecem como antes.
Trema
O trema era um sinal gráfico que indicava que o u, nos grupos que, qui, gue, gui, eram pronunciados. Pois bem! Hoje esse sinal não existe mais. Isso porque a pronúncia do u é uma questão de fonética e não de grafia. Então palavras como tranquilo, linguiça, cinquenta etc não recebem o sinal gráfico. No entanto, para nomes próprios e seus derivados, ela continua existindo: Müller, mülleriano.
Hífen
Hífen é aquele tracinho utilizado nas palavras compostas como guarda-chuva. Para explicar a regrinha do uso ou não do hífen, é interessante que você visualize a tabela abaixo e, se possível, guarde pra você. A seguir, você entenderá em quais situações o hífen é utilizado.
Usa-se o hífen:
a) Quando o prefixo termina em r e o segundo termo começa com r. Também é usado sempre que termina com uma consoante e o segundo elemento começa com a mesma consoante. Exemplo: Super-responsável, Sub-bloco.
b) Sempre que o prefixo pan e circum forem seguidos por vogal, m ou n. Exemplo: Circum-navegação, Pan-americanos.
c) Sempre que o prefixo sub for seguido por palavra que inicia com r. Exemplo: Sub-região.
d) Sempre que o segundo termo iniciar por h. Exemplo: Anti-higiênico, Super-homem.
Obs.: de acordo com o Vocabulário Oficial da Língua Portuguesa (VOLP), são aceitas as duas formas: subumano e sub-humano.
e) O hífen é sempre utilizado nos grupos de palavras: recém, além, aquém, ex, pós, pré, pró, sem. Exemplo: Recém-casados, Além-mar.
f) Quando a vogal que termina o primeiro elemento e a vogal que inicia o segundo elemento são iguais. A exceção é o prefixo co, que se aglutina com qualquer palavra. Exemplo: Micro-ondas.
Muitas pessoas acabam cometendo o erro de deixar um espaço entre o prefixo e a palavra seguinte. O não uso do hífen significa que os dois, prefixo e palavra, vão se unir. Ou seja, há a junção de ambos, então:
Não se usa o hífen:
a) Quando tem a junção de duas vogais diferentes. Exemplo: Autoatendimento, autoestrada.
b) Quando tem a junção de vogal com consoante. Exemplo: Seminovos, autopeças.
c) Na junção de vogal com r ou s. Nesse caso, o r e s são dobrados. Exemplo: Ultrarresistente, minissaia.
d) Na junção de consoante com vogal. Exemplo: Subestação, superinteressante.
e) Não se usa hífen com o prefixo co. Exemplo: Cooperação, coprocessador.
f) Quando o prefixo for seguido por palavra que não começa com r. Exemplo: Supermercado, intermunicipal.
Todas essas regras apresentadas podem ser estudadas e ainda lhe render um certificado por meio de um curso online Reforma Ortográfica da Língua Portuguesa. Até aqui, pudemos ver as principais mudanças que ocorreram em nossa ortografia com o Novo Acordo Ortográfico. Essas mudanças, como conversamos anteriormente, diminuem as diferenças ortográficas dos países falantes de língua portuguesa, mas é importante lembrar que elas ocorrem apenas na escrita e não na fala.
E o que muda em Portugal?
Depois de tanto lermos e estudarmos sobre o novo acordo ortográfico, surge uma curiosidade: o que muda na grafia das palavras em Portugal? Vimos em quais situações precisamos adequar a nossa escrita, mas e no português europeu? Bem, uma das mudanças ocorre na grafia de palavras que lá, até então, eram escritas com c e p mudos, mas essas duas letrinhas agora foram banidas. Palavras como acção e óptimo serão escritas como no Brasil: ação e ótimo. Isso ocorre porque na pronúncia dessas palavras, eles já não pronunciam o c e o p. Já nos casos em que a consoante “a mais” é pronunciada, mantém-se a dupla grafia, como em facto (fato) e amnistia (anistia). Já o h de herva e húmido será extinto para dar lugar à grafia como a nossa: erva e úmido.
Calma, ainda não acabamos, lembra que precisamos desvendar alguns mitos?
Um deles é de que o Novo Acordo Ortográfico conseguiu unificar a ortografia de TODOS os países de língua portuguesa. Não é verdade. Um passo bem grande foi dado, mas não podemos afirmar que 100% da ortografia foi unificada.
Outro mito cabeludo é o de que o acordo muda as pronúncias. Errado. Conversamos anteriormente sobre isso. Foi preferível a aceitação de duas grafias, respeitando as pronúncias de cada país.
E o acordo elimina palavras da língua portuguesa? Absolutamente não! Este é um processo natural. Não é o acordo ortográfico que irá determinar qual palavra deixa de existir ou não, mas o falante de forma espontânea. Essas e outras informações você pode obter com maior aprofundamento no curso online Reforma ortográfica da Língua Portuguesa.
Curioso, eu?
Depois desse papo interessante que tivemos, como não falar das curiosidades que envolve esse assunto que é muito mais do que apenas regrinhas?
São bem válidas e curiosas informações sobre a mudança ocorrer apenas na ortografia, não na pronúncia e no vocabulário, por exemplo. Isto é, nenhuma palavra deixará de existir nem haverá mudanças em seu significado por causa do acordo. Quanto à pronúncia, foi preferível a aceitação de duas grafias e não a opção por um ou outro, se dessa forma fosse, a fala não estaria sendo respeitada. Ou então que a data original do acordo é de 1990, ou seja, ele foi acontecer quase 20 anos depois! E também que K, W e Y, por tanto tempo consideradas palavras estrangeiras, hoje fazem parte do nosso dia a dia.
Ok, citei algumas curiosidades já abordadas anteriormente no artigo, mas acredito que as próximas informações sejam ainda mais curiosas: você já se perguntou quantas palavras foram alteradas com a mudança da língua portuguesa? Conforme pesquisa no dicionário Aurélio, 904 paroxítonas terminadas em ditongo ‘oi’ e ‘ei’ perderam o acento, 358 palavras não se escrevem mais utilizando o trema, 32 palavras perderam o acento agudo no i e u tônicos após ditongo decrescente, 22 palavras sem acento diferencial e 18 palavras sem o acento circunflexo com o hiato oo. O novo acordo ortográfico ocasiona mudanças na grafia de cerca de 0,5% do vocabulário brasileiro e 4% do europeu.
E você? Preparado para as mudanças exigidas pelo novo acordo ortográfico? Tenha sempre por perto o aplicativo de um bom dicionário. Outra excelente recomendação é este dicionário de língua portuguesa de Portugal. Ele traz o significado da palavra e também alguns sinônimos, além da grafia correta e atualizada. Procure um curso online que te atualize sobre as regras de ortografia. Faça leituras que além de entreter, ensinem as mudanças promovidas pelo novo acordo ortográfico da língua portuguesa. Busque palavras em placas, outdoor e folhetos e observe se elas estão adequadas ou não ao novo acordo. Pequenas atitudes que podem complementar o ensino de forma natural e divertida.
Agora, se a sua intenção é se aprofundar ainda mais neste assunto e certificar-se nele, acesse este curso online que foi desenvolvido para o seu sucesso pessoal e profissional. Em nosso portal, você pode ter acesso a todos os cursos disponíveis no Pacote Master durante um ano pelo valor único de {preco_matricula}. Gostou do artigo? Comente no espaço abaixo e aproveite para compartilhar este conteúdo com os seus colegas e familiares. Até breve.