Categorias dos artigos

Receba nossas próximas dicas de cursos e artigos do seu interesse em seu email.

Violência doméstica: violências invisíveis e seus impactos

violencia-mulher-centro450-2

Embora se tenha conseguido alguns avanços no combate à violência contra mulheres a partir da criação da Lei Maria da Penha, as estatísticas ainda são impressionantes, e colocam o Brasil na quinta posição no ranking mundial desse tipo de violência, segundo informações do Mapa da Violência 2015, publicação da ONU, OMS, Flacso e SPM.  É um grande desafio mudar esse cenário, por isso a temática e todos os seus desdobramentos – tipos de violência, enfrentamento, políticas públicas, ações e campanhas, dentre outros, são amplamente debatidos e estudados. O propósito é um só: engajar todos no combate à violência de gênero, principalmente a população, que deve saber como agir em situações de agressão e crime contra mulheres.   

Um curso violência doméstica, por exemplo, promove um conhecimento mais aprofundado sobre formas de violência doméstica, sobre o que pode ser feito para ajudar as vítimas, mas principalmente, conscientiza sobre a real gravidade dos crimes de violência contra a mulher. O Curso Online Violência Doméstica contra Mulher do portal Educamundo traz um enfoque atualizado sobre o tema, e serve como apoio a profissionais de áreas que se envolvem direta ou indiretamente com o assunto, assim como para qualquer pessoa que quer – e deve – ter um olhar apurado sobre a questão.   

Nos tópicos seguintes abordaremos uma parte do que o curso violência de gênero disponibiliza aos cursistas – que vai bem além de saber o que é violência doméstica, e entra em questões importantes sobre esse problema que nossa sociedade enfrenta.   

Curso Violência Doméstica: conhecer e capacitar para combater  

Você sabe que, segundo o Mapa da Violência – Homicídios de Mulheres no Brasil, 1 mulher vítima de violência doméstica deu entrada no SUS a cada 4 minutos, em 2014? Sabe que na maior parte dos casos a violência é praticada pelo parceiro da vítima? Sabe que além dos impactos psicológicos e sociais, há também impactos financeiros? Pois é, o SUS gasta anualmente, com internações de mulheres vítimas de violência,  valores que superam R$ 5 milhões. Mas pior ainda é o fato da vida socioeconômica da vítima, que precisa ser afastada de seu trabalho, deixa de produzir e de ganhar seu sustento. Considerando que ela trabalhe, pois dependendo do tipo de violência que sofre, talvez ela até nem tenha "permissão" do parceiro para trabalhar – esse é, inclusive, um dos nossos tópicos seguintes.  

Em 2016, em uma entrevista ao Estadão, Flávia Piovesan, secretária nacional de Direitos Humanos, disse que é fundamental que operadores da Justiça e da segurança pública sejam educados e capacitados para que entendam que a violência contra a mulher é uma violação dos direitos humanos – "violação gravíssima", colocou a secretária. Portanto, o que já falamos corrobora o que a secretária de direitos humanos afirmou: é preciso que se tenha conhecimento aprofundado sobre esse tema e, indo além, não somente esse operadores citados pela secretária, mas também pessoas comuns, que podem ser agente de mudança desse cenário. Quantas pessoas têm casos na própria família, entre conhecidos, amigos, vizinhos, e não agem por não saber exatamente como ajudar? Para isso existem as campanhas de conscientização e as ferramentas de aprendizagem, como os cursos online voltados a esse mote.   

Os cursos online com certificado sobre violência contra mulher ajudam, além de quem já atua em áreas que têm contato com problemas de violência familiar e doméstica, também a estudantes de áreas como o direito, saúde e serviço social, dentre outras, pois somado ao conhecimento que será adquirido, a certificação pode contar como créditos em atividades complementares exigidas pelo curso de graduação. Quem trabalha no setor público também pode se beneficiar ao fazer cursos EAD e certificar-se, pois a formação continuada pode ajudar na progressão de carreira. Concurseiros podem ter nos cursos a distância um grande aliado, pois além deles ajudarem em sua preparação, podem também ajudar na pontuação da prova de títulos, caso o edital preveja tal pontuação por cursos livres.  

Na sequência de nosso artigo, vamos identificar algumas formas de violência doméstica, que muitas vezes se escondem através de atos que podem até serem considerados "normais" entre casais, mas que refletem formas cruéis de agressão. Também abordaremos uma das principais causas da violência contra a mulher, assim como os serviços disponíveis para atendimento às vítimas.

A família nuclear e a violência doméstica  

Houve uma mudança na cultura da formação familiar ao longo das últimas décadas, em que novas concepções foram ganhando espaço. Apesar disso, ainda há uma forte tradição arraigada com respeito à família nuclear, que é a formação considerada tradicional: o casal heterossexual, pai e mãe, e filhos. A formação, em si, não é o problema, mas sim as simbologias e os velhos conceitos carregados ao longo de tempo, marcados principalmente pelo viés machista: o homem como mantenedor e a mulher como "propriedade" dele. A relação dessa concepção com a violência doméstica é bastante estreita, pois parte de casos de violência contra a mulher vem de parceiros que têm essa visão, da mulher ser sua propriedade.   

O Mapa da Violência Doméstica define claramente esse cenário: "A normalidade da violência contra a mulher no horizonte cultural do patriarcalismo justifica, e mesmo "autoriza" que o homem pratique essa violência, com a finalidade de punir e corrigir comportamentos femininos que transgridem o papel esperado de mãe, de esposa e de dona de casa." Ou seja, o homem se acha no direito de agredir a sua parceira por que ainda se vive em uma sociedade de pensamento patriarcal, em que a vítima é vista como a culpada pela agressão sofrida, uma vez que não desempenhou o papel doméstico que se esperava dela ou não teve um comportamento culturalmente esperado.  

Na mesma reportagem do Estadão (citada acima), o coordenador de pesquisa e da área de estudos sobre violência da Flacso, Julio Jacobo Waiselfisz, reforça esse argumento e diz que a tentativa de ampliação dos direitos pelas mulheres se choca em uma reação conservadora. "Na medida em que se criam condições sociais de proteção, mais violento se torna o agressor. É uma reação conservadora do patriarcalismo machista que persiste no Brasil", diz o coordenador, e complementa, afirmando que assistimos a uma cultura que permite esse tipo de violência.  

Como você pode notar, quanto mais adentramos no assunto, mais surge a necessidade de aprofundar. Não basta somente saber o que é violência doméstica, quem a pratica e quem a sofre – há que se conhecer as causas, os tipos e principalmente, as formas de enfrentamento. Nessa linha, cursos EAD têm muito a oferecer em matéria de conteúdo. Em um curso violência de gênero, como o Curso Online Violência Doméstica contra Mulher, o cursista tem acesso a dados e informações atualizadas a respeito de leis, resoluções, políticas públicas, ações e tudo mais que o contexto engloba, em um material criado por um departamento pedagógico exclusivo.   

Curso violencia domestica

A violência além da agressão física  

Um dos módulos do curso violência doméstica do portal trata das outras violências, pois não é só a física, algumas se apresentam de forma invisível ou aparentemente sutil, mas causam um grande estrago na vida da vítima, uma vez que envolvem sentimentos, emoções e saúde mental.  As diversas formas de violência doméstica englobam a física, sexual e psicológica.   

Normalmente quando ouvimos ou quando precisamos definir o que é violência doméstica,  o primeiro pensamento que se tem é de agressão física. Dificilmente pensamos, de imediato, nos relacionamentos abusivos em que a mulher é obrigada a se submeter às ordens do companheiro. Dificilmente lembramos que até mesmo quando ela é forçada a praticar um ato íntimo  que não lhe agrade, assim como não pensamos imediatamente nas vezes em que foi xingada e humilhada. Entende do que falamos? A violência contra a mulher tem vários rostos – e precisamos saber identificar cada um deles. Como? Estudando, nos qualificando ou nos atualizando sobre essa temática que traz uma carga tão grande e pesada.  Os cursos a distância estão aí, prontos para dar a sua contribuição e para tornar você um ator social pronto para se engajar nessa luta de todos, que é combate à violência contra as mulheres.  

Uma breve abordagem sobre as violências sexual e psicológica  

A violência psicológica não causa danos físicos, mas os impactos que causa na vida de uma mulher podem ser devastadores.  As consequências desse tipo de violência na saúde mental podem surgir em forma de ansiedade, depressão e até mesmo ideias suicidas. Lembrando ainda que a violência psicológica pode induzir à agressão física ou à violência sexual. Esse tipo de violência enfrenta alguns obstáculos quando se trata de efetivar os direitos das mulheres. Lembra quando falamos no texto, mais acima, sobre os operadores da Justiça e da segurança pública precisarem estar bem preparados para saber como tratar desse problema? Pois é, um exemplo: mulheres ainda encontram dificuldades para registrar um termo de ocorrência quando se trata de insultos, humilhações, agressão verbal ou até ameaças de morte. De acordo com a pesquisadora Maria Cecília Minayo, do Centro Latino-americano de Estudos de Violência e Saúde da Fundação Oswaldo Cruz, "a violência psicológica, por ser fruto em geral de uma relação verbal, é muito mais difícil de ser compreendida por um agente da lei”.  

Com relação à violência sexual, a situação não é tão diferente. Especialistas dizem que a credibilidade da palavra da mulher ainda é colocada em xeque, e assim se cria um ciclo:  as mulheres não confiam nas esperas judiciais e se sentem inseguras para denunciar a violência e, com a falta punibilidade, os agressores continuam impunes e repetindo seus atos. O problema é ainda maior quando o agressor é o cônjuge. Apesar dos tempos terem trazido mudanças em termos legais, pois antigamente havia a exclusão da culpabilidade pelo casamento, e da pena poder ser até aumentada caso a violência sexual seja praticada pelo cônjuge, há muitas mulheres sofrendo em silêncio. Isso nos leva a outro ponto: a falta de coragem, vergonha ou medo do companheiro – esses são também alguns dos motivos pelos quais grande parte das vítimas não procura ajuda.  

A falta de informação também pode ser apontada como um dos motivos pelos quais as mulheres não buscam auxílio. Apesar de todo mundo saber que existe a lei Maria da Penha, Lei 11.340/2006, que coíbe e pune a violência doméstica, muitos não sabem que os outros tipos de violência praticados por seus parceiros podem ser também punidos. Por isso, ao falar de cursos online e, mais especificamente, de nosso curso violência de gênero, sempre enfatizamos o quão importante é que todos conheçam um pouco mais sobre violência doméstica. Informação e conhecimento nunca são demais, e mesmo que não se atue em áreas que tenham a ver com o assunto, saber do que se trata, assim como as formas de auxílio, torna cada cidadão capaz de auxiliar mulheres em situações de risco.   

Negligência: um fator invisível

Tão preocupante quanto a violência é a negligência. Casos de violência física ou sexual associados à negligência podem significar problemas de saúde à vítima, que, ao não receber assistência, pode desenvolver doenças. Um machucado não tratado, não exemplo. Lesões ou traumas por espancamento podem causar complicações e deixar sequelas ou até mesmo levar a óbito. Mas há outro tipo de negligência que também preocupa: a negligência emocional, que, assim como a violência psicológica, age quietinha e normalmente passa despercebida por profissionais da saúde. A mulher que é deixada de lado pelo companheiro – que sai e se diverte sozinho ou que não lembra e não passa datas importantes com ela, entre vários outros exemplos que poderíamos citar -, também pode desenvolver problemas de saúde se não for ajudada. Por isso é importante que se tenha o máximo de informações sobre as formas de violência e sobre como poder ajudar. 

Violência doméstica: onde buscar ajuda  

Talvez muitos nem saibam que há serviços especializados para o atendimento de mulheres vítimas de violência doméstica. São serviços e ações dos setores de assistência social, segurança pública e saúde e Justiça, que integram a Rede de Enfrentamento. Entre esses serviços estão os centros de referência, as casas abrigo e as delegacias da mulher, principalmente. Conheça alguns deles:  

Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs) – realizam ações de prevenção, investigação, apuração e também o enquadramento legal. São locais nos quais as vítimas podem registrar boletins de ocorrência e também pedir medidas protetivas de urgência.  

Centros de Referência de Atendimento à Mulher (CRAMs) – são espaços de acolhimento e que também oferecem acompanhamento psicológico, encaminhamento para serviços médicos, casas de abrigo e orientação jurídica.  

Casas Abrigo – dão asilo protegido, de 90 a 180 dias, período em que as mulheres de preparam para retomar a vida. Oferecem também atendimento psicossocial e jurídico.  

Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) – fazem um trabalho social com as famílias, na tentativa de promover um bom relacionamento familiar.  

Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher – podem processar, julgar e executar casos de violência doméstica contra a mulher.  

Órgãos da Defensoria Pública – dão assistência jurídica – integral e gratuita – a quem não tem recursos para pagar honorários advocatícios, nem os custos de defesa em processo extrajudicial ou judicial, ou até mesmo um aconselhamento jurídico.  

Serviços de Saúde Especializados para o Atendimento dos Casos de Violência Contra a Mulher – têm equipes de médicos, assistentes sociais, enfermeiros e psicólogos capacitados para os casos de violência doméstica e violência sexual. Também oferecem abrigo e encaminham casos de aborto legal.  

Em março de 2017 foi sancionada pelo governo a lei 13.427/2017, que garante atendimento especializado para mulheres vítimas de violência sexual e doméstica no SUS – Sistema Único de Saúde. A partir dessa lei, hospitais do SUS oferecerão acompanhamento psicológico e também cirurgias plásticas reparadoras, sempre que forem necessárias. Até então essas unidades ofereciam tratamento de lesões decorrentes de violência sexual e facilitação do registro das ocorrências, encaminhando-as para os órgãos competentes com todas as informações necessárias para a comprovação da violência e identificação do agressor.  

Curso Violência Doméstica: como e onde se qualificar

Um curso violência doméstica dá um ótimo embasamento teórico que certamente resultará em ações eficientes quando o cursista colocá-lo em prática, e também o deixará muito bem preparado para discussões sobre esse tema – bons argumentos são sempre necessários, principalmente em assuntos tão polêmicos quanto esse.  

Além disso, os cursos online com certificado fazem bonito no currículo e podem ser um diferencial importante em uma seleção de candidatos. Cursos a distância, mesmo que não tenham a ver diretamente com a sua área de atuação, podem dar outra conotação ao seu currículo. O Curso Online Violência Doméstica contra Mulher, por exemplo, pode demonstrar o quanto alguém é engajado com os problemas sociais, além de demonstrar que essa pessoa tem uma ampla visão da sociedade, e que não busca saberes apenas em sua área. Já para quem estuda ou trabalha em áreas ligadas ao tema, mostramos as várias vantagens ao longo do texto, enfatizando a necessidade de capacitação, atualização ou aperfeiçoamento, principalmente porque a todo momento há novas informações, como ações, programas, campanhas e até mesmo novos cursos EAD que podem complementar o de violência doméstica.  

O Educamundo tem em seus cursos online ótimas opções à sua escolha. São centenas de cursos online com certificado, voltados às mais variadas áreas do conhecimento. Faça a sua inscrição e comece a qualificar-se agora mesmo. O investimento é de apenas {preco_matricula}, que lhe dá acesso total a todos os cursos do Pacote Master, durante um ano. O processo de cerificação é opcional e caso seja a sua opção, você pode escolher a carga horária pela qual quer ser certificado. São muitas vantagens e não dá para perder. Venha também fazer parte de nosso time.  

Esperamos que tenha gostado de nosso artigo e queremos lhe convidar a nos deixar um comentário. Caso tenha alguma dúvida ou sugestão, fique à vontade para expressá-las. Até mais!

Continue Sua Jornada de Conhecimento: Leituras Recomendadas para Você

Receba nossas próximas dicas de cursos e artigos do seu interesse em seu email.

plugins premium WordPress