Comunicação e Linguagem é a disciplina que estuda sobre a forma como nos comunicamos utilizando os diversos tipos de linguagem, assim como os meios utilizados para isso (sinais). Seu estudo também abrange as funções da linguagem, os processos de comunicação, os códigos linguísticos e a evolução da linguagem.
Comunicação: a troca de informações por meio de sistemas simbólicos, como a linguagem falada, escrita e gestual. Vendo assim, parece simples, que basta aprendermos a falar, escrever e pronto. Mas há muito mais envolvendo linguagem e comunicação.
O processo de comunicação configura talvez o fenômeno mais importante do ser humano. Entender esse processo requer uma viagem no tempo para conhecer a história da comunicação – como se originou a fala, o desenvolvimento da linguagem e sua evolução ao longo da história. Pois é exatamente isso que se faz em um curso de linguagem e comunicação, um resgate de partes importantes da aquisição da linguagem e o começo da comunicação.
Por “Comunicação” também se define o campo do conhecimento que estuda os sistemas da comunicação humana. Nesse aspecto, a Comunicação se divide em subdisciplinas, como teoria da informação, comunicação inter e intrapessoal, publicidade, marketing, relações públicas, propaganda, telecomunicações e jornalismo.
Neste artigo vamos falar um pouco sobre comunicação e linguagem desde os primórdios, a definição de linguagem, suas funções e evolução até os dias de hoje. Também daremos dicas sobre nossos cursos a distância voltados à comunicação e temas afins, além de exemplos de linguagem. Acompanhe, conheça um pouco mais e tire suas dúvidas sobre o assunto.
O que é linguagem e comunicação?
Linguagem e a comunicação são ferramentas de troca de informações, que permitem a transmissão de conhecimento, a expressão de identidades culturais e a construção de entendimento mútuo entre os seres humanos.
A linguagem, em sua essência, é um sistema complexo e estruturado que permite aos seres humanos expressarem pensamentos, emoções e ideias. Ela vai além da linguagem oral e escrita, englobando também formas não-verbais de expressão, como gestos e expressões faciais. A linguagem é o produto de milênios de evolução humana, refletindo não apenas nossa capacidade cognitiva, mas também nossa necessidade inata de interação social.
Por outro lado, a comunicação é o processo mais amplo pelo qual a linguagem é utilizada para transmitir informações entre indivíduos. Ela envolve não apenas a codificação e decodificação de mensagens, mas também a interpretação de contextos, intenções e nuances culturais. A comunicação eficaz requer mais do que o simples domínio da linguagem; demanda empatia, escuta ativa e a capacidade de adaptar-se a diferentes situações e interlocutores.
A interseção entre linguagem e comunicação é onde reside grande parte da riqueza da interação humana. A maneira como utilizamos a linguagem para nos comunicar pode revelar muito sobre nossa identidade, origens e visão de mundo. Além disso, as habilidades de linguagem e comunicação são cruciais em praticamente todos os aspectos da vida moderna, desde a educação e o trabalho até as relações pessoais e a participação cívica.
No contexto atual, marcado pela globalização e avanços tecnológicos, a importância da linguagem e da comunicação tem se amplificado. A era digital trouxe novas formas de expressão e interação, desafiando-nos a adaptar nossas habilidades comunicativas a um mundo cada vez mais conectado e diversificado.
História da comunicação, origem e evolução da linguagem
Tente imaginar como o homem primitivo fazia quando queria se comunicar e contar sobre como caçar determinada presa, por exemplo? Tudo o que sabemos pela cultura (livros, filmes etc) é que ele emitia grunhidos, gritava e gesticulava. Juan Bordenave, comunicólogo paraguaio, diz em seu livro “O que é Comunicação” que até os dias de hoje estudiosos ainda não chegaram a uma conclusão a respeito da comunicação entre os homens primitivos. Não se sabe se eles “começaram a se comunicar entre si, se por gritos ou grunhidos, por gestos, ou pela combinação desses elementos.” Apesar disso, conseguiram associar gestos e sons para designar um objeto ou a uma determinada ação, surgindo assim o “signo” e a “significação”, que é o uso social dos signos linguísticos.
Signos um preâmbulo da semiótica
Conforme o homem foi inventando signos surgiu a necessidade de que houvesse um processo de organização para combiná–los entre si, uma vez que, se usados de forma desordenada, a comunicação se tornaria difícil. Segundo Bordenare, essa combinação foi que deu origem à linguagem. Um exemplo para que se entenda a organização dos signos: a gramática. Ou seja, um conjunto de regras para que organize e relacione os signos entre si, de forma ordenada.
Imagine se não houvesse uma forma organizada de expressão e cada um pudesse ordenar os signos da forma que bem entendesse? Poderia acontecer de uma pessoa dizer: “O cachorro mordeu o gato”, enquanto outra poderia dizer: “O gato mordeu o cachorro”, para uma mesma situação, mas como a informação correta seria passada? Afinal, quem mordeu quem? Aqui, o significado já não depende somente dos signos, mas sim da estrutura, direcionada pelas regras gramaticais.
Os signos são estudados pela Semiótica, que não se atém somente ao campo verbal, como a linguística. A Semiótica os expande a qualquer sistema de signos, como cinema, moda, religião, fotografia, música, artes e outros.
A descoberta dos fonemas e o surgimento do alfabeto
Com o passar do tempo, a comunicação foi ganhando contornos mais evoluídos e a definição de linguagem foi ficando mais clara. Dois exemplos de linguagem na antiguidade: os sumérios foram os primeiros a usar a escrita nas cavernas, conhecida como sistema pictográfico. Isso data de 8.000 anos a.C, aproximadamente. Há 3.000 a.C os egípcios usavam gravuras e desenhos para representar sua cultura.
Como tudo evolui, o passo seguinte foi os signos não representarem somente um objeto, mas também uma ideia. Indígenas da América do Norte usavam o desenho de um pássaro voando, por exemplo, para representar “pressa”. Essa escrita era chamada ideográfica, e é a mesma usada no japonês e chinês. Depois veio a percepção de que os nomes de objetos eram formados por unidades menores de som (os fonemas) e que os signos poderia deixar de representar os objetos e passar a representar essas unidades. Essa descoberta resultou, mais tarde, na escrita que chamamos de fonográfica, bem como no nascimento do alfabeto.
Signos sonoros
Temos que lembrar também dos signos sonoros, usados nos primórdios para vencer as distâncias – gongos, sinais de fumaça e berrantes, por exemplo. Mais tarde, por volta do século IV a.C a invenção da escrita substituiu os signos sonoros e mensagens começaram a ser levadas de um lugar ao outro.
Há muita riqueza de informações sobre comunicação e linguagem e sua evolução. Isso torna o aprendizado desafiador, pois sempre há conceitos ou regras que nem conhecíamos. Pense nisso e também em como é bom estar sempre aprendendo sobre a nossa língua. Lembre-se que há muitos recursos para aprimorar os saberes, como livros e um curso de linguagem e comunicação.
Um curso de linguagem é uma opção excelente a estudantes, profissionais e todos os interessados em se capacitar, atualizar ou aperfeiçoar, preparando-se de forma eficiente para o mercado de trabalho. Os cursos online com certificado do portal vão de encontro às expectativas de quem busca se qualificar para incrementar o seu currículo e ter melhores oportunidades na carreira profissional.
Comunicação x linguagem
Vamos tentar, de forma bem simples, explicar a diferença entre comunicação e linguagem. Na comunicação há uma mensagem, enviada por um emissor a um receptor. Esse envio de informações pode ser feito de várias maneiras: por meio da voz, de uma carta, de um email, de expressões faciais, do olhar ou de gestos, dentre outras.
Para fazer a mensagem chegar ao destinatário, se utiliza a linguagem oral e escrita, assim como a gestual e corporal. O tipo de linguagem utilizada caracterizará o tipo de comunicação – verbal ou não–verbal.
Quais são os 4 tipos de linguagem?
1. Linguagem oral
A linguagem oral é a forma de comunicação verbal que utiliza a fala. É a mais imediata e espontânea, facilitando diálogos e trocas rápidas de informação. A linguagem oral envolve não apenas o que é dito, mas também como é dito, levando em conta a entonação, o tom de voz, o ritmo e a ênfase que o falante dá a certas palavras ou frases. Além disso, a linguagem oral depende muito do contexto e pode incluir elementos informais, gírias e expressões regionais. É a forma mais comum de interação no cotidiano, desde conversas casuais até discursos públicos.
2. Linguagem escrita
A linguagem escrita é a forma de comunicação que se dá por meio de palavras registradas em símbolos visuais, como letras, sinais de pontuação e números. Diferente da linguagem oral, ela exige mais planejamento e organização, já que não há interação imediata com o receptor da mensagem. A linguagem escrita é essencial para registros permanentes de informações, como livros, contratos, relatórios e correspondências. Ela permite que ideias e conhecimentos sejam transmitidos ao longo do tempo e entre pessoas que estão em diferentes lugares, sendo um meio fundamental para a educação, a ciência e a história.
3. Linguagem verbal
A linguagem verbal é o meio de comunicação mais comum e envolve o uso de palavras para transmitir ideias, pensamentos e informações. Essa linguagem pode ser dividida em duas formas: oral e escrita. A comunicação verbal oral acontece através da fala, enquanto a verbal escrita ocorre por meio do texto verbal, como cartas, e-mails, livros, etc. Esse tipo de linguagem permite uma comunicação clara, estruturada e direta, seja em conversas cotidianas ou em textos mais elaborados. Além disso, é governada por regras gramaticais e sintáticas que ajudam a dar coerência e sentido às mensagens.
4. Linguagem não verbal
A linguagem não verbal se refere à comunicação que ocorre sem o uso de palavras, sendo transmitida por gestos, expressões faciais, posturas corporais, olhares e até pela proximidade física. É um componente essencial da comunicação humana, pois pode reforçar ou até contradizer o que está sendo dito verbalmente. Por exemplo, cruzar os braços pode indicar defensividade, enquanto sorrir demonstra simpatia. Essa forma de comunicação é universal e pode variar conforme as culturas, mas desempenha um papel vital em como as pessoas percebem e interpretam as interações sociais.
Comunicação verbal e não–verbal
Outro tópico que faz parte de um curso de linguagem e comunicação diz respeito a como a comunicação se classifica de acordo com o seu tipo, definido pelo tipo de linguagem utilizada: escrita, falada, corporal, sinais etc. Veja:
Comunicação verbal
Quando a informação é passada ou trocada por meio de linguagem escrita ou falada, pelo texto verbal. A comunicação verbal escrita foi um grande marco na história da humanidade. Até então a informação e o conhecimento eram passados de forma oral, e não havia como evoluir, uma vez que dependia da memória humana, que não tinha como acumular tudo que recebia.
Com a escrita desenvolvida, passou a existir uma forma extracorpórea de memória, assim como o registro de saberes e informações. Limites espaço–temporais foram ultrapassados na transmissão de conhecimento e a evolução intelectual do homem foi viabilizada, pois com a possibilidade de registro, a memória humana passou a ser livre para ir atrás de conhecimentos novos.
Comunicação não–verbal
Se caracteriza por todas as manifestações do comportamento humano que não envolvem a linguagem falada ou escrita, ou que estão implícitas nesse tipo de linguagem (entonação, variações da voz etc). São exemplos de comunicação não–verbal: expressões faciais, gestos, orientações do corpo, organização de objetos em um espaço, sinalizações, signos gráficos e outros.
Campos de estudo da comunicação não–verbal
Outros tópicos estudados em um curso de linguagem e comunicação que dizem respeito ao campo de estudo da comunicação não–verbal:
Proxêmica
Tem relação com ambiente e espaço que cada pessoa estabelece de forma espontânea no meio social para fins de comunicação, a forma como as pessoas ocupam ou evitam ocupar determinados espaços em que estão inseridas. Exemplo: no balcão de um bar há uma pessoa sentada e três bancos disponíveis, com as opções de sentar ao lado, pular um banco ou pular dois bancos. Dificilmente alguém senta ao lado de quem não conhece, mas pular apenas um banco ou pular dois bancos diz muito sobre a mensagem que a pessoa está passando.
Paralinguagem
Se relaciona às manifestações sonoras e a como elas influenciam nos significados de um discurso. Pausas, intensidade, volume, velocidade, entonação, as hesitações, os “vícios” da fala e outras características estão relacionadas a esse fenômeno, que é o responsável pela revelação de vestígios emocionais.
Cinésia
Trata da linguagem corporal, estudando os movimentos do corpo, as expressões faciais, os gestos que as pessoas fazem com as mãos, movimentos de pernas e braços, e outros.
Tacêsica
Está relacionada ao “tocar”, a forma como a pessoa abraça, dá um aperto de mão e qualquer outro toque vindo de uma saudação, por exemplo. O toque também ocorre para fazer notar a presença de outra pessoa, para chamar a atenção ou confortar. O contato físico não é em si algo emocional, mas sim as alterações que ele provoca por meio de seus elementos sensoriais. Conforto, segurança, afetividade e confiança são exemplos dessas alterções.
Ao abordar a comunicação verbal e não–verbal, um curso de linguagem e comunicação dá elementos importantes tanto para quem é da área de educação quanto para quem é da área administrativa. Explicamos: a comunicação verbal é imprescindível para a educação, enquanto que, nas organizações, além da necessidade óbvia da verbal, a não–verbal tem um papel importante. Líderes, por exemplo, além de credibilidade, devem passar confiança e segurança a seus colaboradores. Portanto, tanto a segurança em sua voz quanto o seu gestual devem casar com o seu discurso, caso contrário, sua confiabilidade pode ser afetada.
Linguística e comunicação
A linguística é tema indispensável em qualquer curso de linguagem e comunicação e compõe a grade curricular de vários cursos a distância, sejam livres, técnicos ou de graduação. Sua aplicação é voltada ao estudo de todos os aspectos da manifestação das línguas humanas – palavras, frases, discurso, texto, os sons da fala, a evolução da língua através do tempo, a fala dos diferentes grupos sociais, a aquisição da linguagem pelos bebês, os dialetos e regionalismos e tudo que diz respeito à comunicação verbal.
Diferença entre linguagem, língua e linguistica
Tem como objeto de estudo a língua e as linguagens utilizadas para a comunicação, como a linguagem coloquial, a norma culta, os dialetos e qualquer outro tipo de variação linguística. Há que se ter atenção especial e não confundir Linguagem, Língua e Línguística, pois são coisas diferentes. Quer ver?
Linguagem
Sistema de signos, pelos quais dois ou mais indivíduos se comunicam entre si, transmitindo e recebendo informações.
Língua
É um sistema de linguagem e comunicação de um povo ou país, que possibilita a expressão de pensamentos, vontades etc.
Linguística
É a ciência que estuda a linguagem humana, sob a perspectiva da comunicação oral e escrita. É importante saber que a linguística não é o estudo tradicional da gramática, ela observa e analisa a língua em uso e procura explicar os padrões sonoros, lexicais e gramaticais que estão sendo utilizados.
Divisão da Linguística
A Linguística se divide em vários campos de estudo, de acordo com os aspectos que ela observa, analisa e estuda. Considerando o seu aspecto temporal, ela se divide em dois grandes grupos:
Sincrônica
É voltada à análise de fatos da língua de “determinado grupo” em “determinado tempo”, sem referências a períodos anteriores ou posteriores ao fato estudado. Pode analisar tanto fatos do passado quanto fatos do presente, mas isso não é relevante nesta análise. O ponto–chave é não remeter a análise a outros períodos de tempo.
Diacrônica
Observa, analisa e estuda a evolução das línguas e suas alterações em fonética, morfologia, sintaxe ou semântica ao longo de sua história. Um exemplo é o termo “vossa mercê”, que ganhou formas coloquiais como voismecê, vossancê, chegou ao “você” e com a era tecnológica e a comunicação pela internet chegou ao reduzido a “vc”.
Outras classificações da Linguística
A linguística se subdivide em outros grupos, de acordo com o seu objeto de estudo, veja:
Geral ou Teórica
Trata da definição e propriedades da língua e suas características mais universais, da comparação da descrição tradicional das línguas e sua descrição atual, entre outras.
Descritiva
Sua função é descrever cientificamente as línguas, exigir análises fonológicas e gramaticais e treinamentos fonéticos para atender seus objetivos. Depende da Linguística Geral, revisada e atualizada de forma constante.
Histórica
Encontra seus critérios na Linguística Descritiva. Precisa de descrições de estágios anteriores e posteriores de determinada língua, objeto de seu estudo.
Comparada
com a descoberta do sânscrito, a linguística direcionou seus estudos para as várias línguas e o que havia em comum ou diferente entre elas, de acordo com as famílias às quais pertencessem.
Aplicada
É direcionada a várias áreas do conhecimento, como ao ensino de uma segunda língua, a técnicas de alfabetização, reformas ortográficas, tradução, estilística e crítica literárias, entre outras. Um curso online de Linguística Aplicada capacita além de pesquisadores, os educadores que atuam nessas diversas áreas, lhes dando mais competência em seu campo de trabalho.
Com o que vimos até aqui percebe-se o quão rico é o estudo nessa área e o quanto é importante a atualização constante, o que torna um curso de linguagem e comunicação um meio essencial para adquirir e aprimorar conhecimentos.
Todos os tópicos abordados neste artigo são aprofundados no Curso Online Comunicação e Linguagem do nosso portal, que conta com vários outros cursos online com certificado com conteúdos relacionados, como a comunicação social e as formas de comunicação.
Qual a linguagem usada nos meios de comunicação?
Este trecho é para você, que tem curiosidade em saber qual o tipo de linguagem usada nos meios de comunicação (além do óbvio, é claro):
Nos meios de comunicação, a linguagem utilizada pode variar dependendo do tipo de mídia e do público-alvo, mas normalmente envolve uma combinação de linguagem verbal, não verbal, escrita e visual. A seguir estão exemplos de linguagem usadas nos diferentes tipos de meios de comunicação:
Linguagem Verbal
Nos meios de comunicação como rádio, televisão e internet, a linguagem verbal é amplamente usada. Programas de TV, notícias e podcasts utilizam a fala (linguagem oral) para transmitir informações de maneira clara e acessível. Já nos meios impressos, como jornais, revistas e sites de notícias, a comunicação se dá pela linguagem escrita, com textos que relatam acontecimentos, entrevistas e análises.
Linguagem Visual
Nos meios de comunicação audiovisuais (como televisão e cinema) e digitais (redes sociais e sites), a linguagem visual tem um papel central. Imagens, vídeos, gráficos e símbolos são utilizados para atrair a atenção e transmitir informações de maneira mais rápida e impactante. No jornalismo televisivo, por exemplo, as imagens são essenciais para ilustrar as notícias e tornar as informações mais compreensíveis e envolventes.
Linguagem Não Verbal
A linguagem não verbal também está presente nos meios de comunicação, especialmente em televisão e mídias visuais. Gestos, expressões faciais, postura e até mesmo o uso de cores e design nos cenários e gráficos são utilizados para complementar ou reforçar a mensagem verbal. Programas de entrevistas e debates frequentemente utilizam a linguagem corporal dos apresentadores e convidados para transmitir emoções e reações.
Linguagem Digital
Com o avanço da internet e das redes sociais, uma nova forma de linguagem surgiu: a linguagem digital. Ela combina elementos da linguagem verbal e visual com o uso de emojis, GIFs, memes e outros recursos gráficos que são amplamente utilizados para expressar ideias e emoções de maneira rápida e envolvente. A linguagem digital também inclui o uso de hiperlinks, hashtags e abreviações, comuns em plataformas como Twitter, Instagram e blogs.
Em resumo, os meios de comunicação utilizam uma linguagem híbrida que mistura palavras (verbais), imagens (visuais) e elementos multimídia para alcançar e impactar diferentes tipos de audiência.
Os níveis de linguagem
Os níveis de linguagem são as variações da língua que usamos dependendo do contexto, das circunstâncias e das pessoas com quem estamos nos comunicando. A língua é viva e flexível, e suas formas de uso podem variar de acordo com o nível de formalidade, propósito, e ambiente social. Em geral, os principais níveis de linguagem incluem:
Linguagem Culta (ou formal)
A linguagem culta, também conhecida como linguagem formal ou padrão, segue rigorosamente as normas gramaticais e é utilizada em situações que exigem maior cuidado com a comunicação. É comum em ambientes formais, acadêmicos e profissionais, como discursos, palestras, artigos científicos, entrevistas de emprego, e documentos oficiais.
Características:
- uso correto das normas gramaticais;
- vocabulário mais rico e preciso;
- estrutura sintática complexa e polida;
- evita o uso de gírias e expressões informais;
- frases completas e bem estruturadas.
Exemplo:
“Solicito a gentileza de informar o horário da reunião que ocorrerá amanhã, para que eu possa me preparar adequadamente.”
Linguagem Coloquial (ou informal)
A linguagem coloquial é a forma mais espontânea e usada no dia a dia, sendo bastante informal. Ela não segue rigorosamente as regras gramaticais, permitindo flexibilidade e uso de gírias, expressões regionais e estruturas sintáticas mais simples. É amplamente utilizada em conversas informais com amigos, familiares ou em contextos que não exigem formalidade.
Características:
- uso de gírias e expressões populares;
- frases curtas e simples;
- maior liberdade nas regras gramaticais;
- presença de construções inacabadas ou incompletas;
- uso de contrações e abreviações.
Exemplo:
“Me avisa que horas é a reunião amanhã, beleza?”
Linguagem Regional (ou dialetal)
A linguagem regional, ou dialetal, é a variação da língua influenciada pela região geográfica onde a pessoa vive. Cada região tem sua própria maneira de falar, com variações no vocabulário, pronúncia e estrutura da fala. Essa forma de linguagem reflete a cultura e as tradições locais, sendo muitas vezes marcada pelo uso de palavras e expressões específicas de um determinado lugar.
Características:
- uso de vocabulário típico da região;
- diferenças de pronúncia e sotaque;
- expressões idiomáticas regionais;
- pode ter influência de línguas indígenas, africanas ou estrangeiras;
Exemplos de linguagem regional:
No Nordeste do Brasil, pode-se dizer: “Oxente, tá quente demais hoje!”
Enquanto no Sul, se ouve: “Bah, que calorão!”
Linguagem Técnica (ou científica)
A linguagem técnica ou científica é utilizada em contextos especializados, como ciência, tecnologia, medicina, direito, e outras áreas profissionais. Essa linguagem exige o uso de termos específicos e técnicos, que só são plenamente compreendidos por pessoas que pertencem àquele campo de conhecimento. É comum em artigos acadêmicos, manuais, relatórios técnicos e em profissões específicas.
Características:
- vocabulário técnico e especializado;
- maior precisão e objetividade;
- uso de jargões da área;
- estrutura formal e impessoal;
- evita subjetividade e ambiguidade.
Exemplo:
“No processo de combustão, a oxidação rápida do combustível libera energia na forma de calor e luz.”
Linguagem Literária
A linguagem literária é usada em obras literárias como romances, contos, poesias, e peças de teatro. Caracteriza-se por sua riqueza estilística, liberdade criativa e o uso expressivo das palavras. O autor pode optar por seguir ou romper com as normas gramaticais e sintáticas, dependendo do efeito que deseja causar no leitor.
Características:
- uso criativo de figuras de linguagem (metáforas, analogias, etc.);
- vocabulário variado e expressivo;
- estrutura flexível e estilisticamente rica;
- explora sons, ritmos e significados das palavras;
- foco na estética da linguagem.
Exemplo:
“O sol pintava o céu com pinceladas de dourado, enquanto a noite, tímida, espreitava por entre as montanhas.”
Linguagem Gíria
A gíria é uma forma de linguagem informal que inclui palavras e expressões populares, muitas vezes usadas por grupos específicos, como jovens, esportistas, músicos ou subculturas urbanas. As gírias mudam com o tempo e variam bastante entre diferentes grupos sociais e regiões.
Características:
- vocabulário específico de um grupo ou subcultura;
- evolui rapidamente, com palavras surgindo e desaparecendo;
- uso frequente entre jovens e em contextos descontraídos;
- pode ser incompreensível para pessoas de fora do grupo.
Exemplo:
“Essa festa tá muito ‘top’, mano!”
Linguagem Jargão
O jargão é o conjunto de termos técnicos ou específicos de uma área profissional, muitas vezes incompreensível para quem não é especialista no assunto. O jargão é muito usado em áreas como medicina, tecnologia, direito e outras áreas técnicas, facilitando a comunicação entre especialistas, mas dificultando a compreensão para leigos.
Características:
- uso de palavras e termos exclusivos de um campo de estudo;
- ajuda na precisão e clareza entre especialistas;
- pode criar barreiras de entendimento para não iniciados;
- muitas vezes é técnico e objetivo.
Exemplo:
Na informática, “debugar” significa encontrar e corrigir erros em um programa de computador.
Esses níveis de linguagem são adaptados conforme o contexto de uso, o público-alvo e o propósito da comunicação. Saber alternar entre eles é uma habilidade importante para transmitir a mensagem de maneira eficaz e apropriada.
O curso Linguagem e Comunicação do Educamundo
O Curso Online Comunicação e Linguagem, do Educamundo, é dividido em módulos, o que permite uma aprendizagem gradativa e mais eficiente, respeitando o ritmo de aprendizado do aluno. Os conteúdos desse curso online são desenvolvidos por uma equipe pedagógica competente e comprometida em disponibilizar temas atualizados e de qualidade, para deixar o cursisto bem afiado e pronto para os desafios do mercado de trabalho.
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Para não esquecer:
O que é comunicação e linguagem?
Desde os primórdios o homem se comunica. Os primeiros sinais foram as gravuras rupestres, as quais mostravam cenas de caça, por exemplo. Depois veio a fala e escrita. É disso que trata a comunicação e linguagem: a evolução nas formas e tipos de comunicação por meio da linguagem.
Qual a diferença entre linguagem e comunicação?
Comunicação é o ato de passar a mensagem que queremos a um interlocutor e linguagem é o sistema de sinais que utilizamos para nos comunicarmos.
Que tipo de linguagem podemos usar para nos comunicarmos?
Podemos nos comunicar utilizando vários tipos de linguagem como gestos, símbolos, sinais etc.
Quais são os elementos da comunicação?
Os canais são: emissor, receptor, mensagem, código, canal de comunicação e contexto.
O que é linguagem, língua e fala?
Linguagem é o sistema de sinais, verbal e não verbal, que permite que nos comuniquemos; língua é a forma de linguagem. Exemplo: um grupo de pessoas que utiliza a mesma língua: quem fala português, quem fala inglês etc., e fala é a linguagem oral, utilizando o sistema de sinais verbal.
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