Por definição, "comunicação" é o "ato que envolve a transmissão e a recepção de mensagens entre o transmissor e o receptor, através da linguagem oral, escrita ou gestual, por meio de sistemas convencionados de signos e símbolos" (Michaelis). Toda comunicação tem um emissor, um receptor e uma reação. Alguém fala, você ouve e responde, por exemplo.
Acontece que nem todos têm a capacidade de se expressar por meio da fala, e precisam de recursos que ajudem a complementar a comunicação – ou que sejam a própria comunicação. Pessoas com deficiência intelectual ou distúrbios da fala e da linguagem são exemplos disso. Nesses casos se encaixa a parte da definição que fala sobre o uso de gestos e sistemas de signos e símbolos.
Esses elementos, ou componentes, são introduzidos pela Comunicação Alternativa, uma parte da Tecnologia Assistiva destinada especificamente a ampliar as habilidades de comunicação para atender indivíduos sem escrita funcional ou sem fala. A Comunicação Alternativa funciona pela utilização de recursos alternativos para que pessoas com distúrbios de comunicação consigam se comunicar (mais adiante veremos todos os grupos que necessitam desses recursos).
Profissionais de vários segmentos da saúde e educação são aos agentes que trabalham auxiliando as pessoas com dificuldade de se expressar pela oralidade, por meio de métodos que tornem a comunicação possível. Sendo assim, eles precisam estar sempre preparados e atualizados sobre tudo que envolve Comunicação Alternativa. Isso pode se dar por meio de cursos online voltados ao tema, e é de extrema importância e significância, principalmente em tempos em que a educação inclusiva está em pauta e em franca implementação em escolas brasileiras.
Vários cursos, além do curso online comunicação alternativa, têm preparado esses profissionais. O curso educação inclusiva é um exemplo, assim como curso sobre autismo, curso deficiência intelectual e curso de libras online. Todas essas especificidades se entrelaçam e a comunicação alternativa surge como ferramenta de auxílio para que as pessoas que sofrem distúrbios de comunicação possam ser capazes de se expressar, entenderem e se fazer entender.
O que é a Comunicação Alternativa
A Comunicação Alternativa nos faz lembrar que o ato de comunicar-se não depende somente da fala, que olhares, gestos, expressões faciais, sinais, símbolos e outros elementos também são formas de comunicação e são usados para expressar pensamentos, necessidades, desejos e ideias.
A Comunicação Alternativa, ou Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA) engloba vários métodos de comunicação que, por meio de ferramentas e estratégias, ajudam os indivíduos que não conseguem se comunicar por meio do discurso verbal.
A Comunicação Alternativa funciona por meio de sistemas "com e sem ajuda". O método "sem ajuda" compreende gestos ou expressões, por exemplo. O "com ajuda" inclui materiais e equipamentos, como livros, computadores, imagens. Várias formas de Comunicação Aumentativa e Alternativa incluem elementos da tecnologia assistiva – dos mais básicos, como objetos reais, fotografias, miniaturas e prancha de comunicação alternativa até os "altamente tecnológicos", como sistemas computadorizados (vocalizadores) e softwares específicos.
Com relação ao uso de tecnologias, há uma frase dita por uma diretora do Centro Nacional de Apoio para Pessoas com Deficiência da IBM, Mary Pat Radabaugh, que expressa muito bem o que significa a tecnologia na ajuda a pessoas com deficiência. Na frase original, ela se referiu aos seus conterrâneos, os americanos, mas é uma verdade que serve para todos nessa situação (leia "pessoas" onde ela citou "americanos"): "Para americanos sem deficiências, a tecnologia torna as coisas mais fáceis. Para americanos com deficiências, a tecnologia torna as coisas possíveis."
Comunicação Alternativa: qual público a utiliza
Esse tipo de trabalho de desenvolvimento da comunicação não-oral é voltado a pessoas com:
autismo;
surdocegueira;
disfasia;
paralisia cerebral;
deficiência intelectual (severa ou profunda);
distúrbios graves da fala.
A Comunicação Alternativa na deficiência intelectual, autismo e distúrbios da fala
Sinais de problemas relacionados à dificuldade na fala podem ser notados quando há um atraso no surgimento da linguagem oral. Esses sinais podem indicar falta de estímulos ou distúrbio específico de linguagem, em que a criança tem toda a capacidade de comunicação, mas tem dificuldade – nesse caso, especialistas tratam o problema.
Já em outro cenário, a dificuldade na fala pode ser causada por problemas auditivos ou pode ser um sinal de transtornos globais do desenvolvimento, como a deficiência intelectual e o autismo. Nesses casos, a Comunicação Alternativa é uma opção para ajudar a compensar as deficiências ou como ferramenta na impossibilidade do indivíduo produzir sons adequadamente.
Quando se trata de problemas auditivos, a comunicação se estabelece por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras). As últimas décadas trouxeram mudanças significativas na vida de pessoas com deficiência auditiva, que, por consequência, têm a fala afetada. Cada vez mais, profissionais, principalmente os da educação, se capacitam para receberem alunos com essa condição e estarem preparados à comunicação. Educadores podem buscar essa capacitação ou aperfeiçoamento em um curso de libras online, que fornece todo o aporte necessário para a preparação desses profissionais.
Além do curso de libras online, há outros cursos EAD que os preparam para assistir as pessoas que apresentam os outros distúrbios que citamos acima, como um curso deficiência intelectual ou um curso sobre autismo.
Em um curso sobre autismo, a Comunicação Alternativa aparecerá como um dos recursos a serem utilizados para que o autista consiga se comunicar. Um método da Comunicação Aumentativa e Alternativa que se usa no autismo é o PECS (Picture Exchange Communication System), que é a comunicação por meio de figuras. Você sabe que a agressividade de um autista está diretamente ligada ao fato dele não poder se comunicar? Aqui é importante esclarecer que nem todo autista tem problemas no desenvolvimento oral, os autistas não-verbais correspondem a aproximadamente 80% dos indivíduos com autismo.
Já um curso Deficiência Intelectual tratará de prover conhecimento aos profissionais que trabalham para garantir uma melhor qualidade de vida às crianças (e também aos adultos). A deficiência intelectual apresenta vários sintomas, que quanto mais cedo forem diagnosticados, melhores serão as condições de tratamento. Entre os tantos sintomas, surge o de confusão na fala, em que as frases passam a serem ditas de forma confusa e com pronúncia errada, além de vários outros problemas de aprendizado. Como o acompanhamento de pessoas com deficiência intelectual deve ser feito por uma equipe multidisciplinar, são vários os profissionais que podem se capacitar ou aperfeiçoar por meio de cursos EAD em Comunicação Alternativa: pediatras, fonoaudiólogos, assistentes sociais, psicólogos, pedagogos, entre outros.
Um curso Educação Inclusiva, por sua vez, contempla a educação especial inclusiva, que abrange todos os assuntos relacionados ao atendimento de estudantes, sejam crianças ou adultos, que apresentam algum tipo de deficiência, promovendo a sua inclusão no meio social. Nesse contexto inclui-se todo e qualquer tipo de deficiência física ou intelectual. Sendo assim, o curso educação inclusiva quando voltado especificamente à educação especial, abordará temas como a Comunicação Alternativa.
Cursos a distância, como os citados acima, são essenciais para quem trabalha na saúde e na educação, com foco na educação especial e inclusiva. O Curso Online Comunicação Alternativa oferece conteúdo para profissionais das áreas de Terapia Ocupacional, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Psicólogos e Educadores e todos os de outras áreas que estão envolvidos na busca de promover a inclusão social dos indivíduos com dificuldades ou desprovidos de fala.
Por outro lado, esses cursos online com certificado dão, além do conhecimento, a oportunidade desses profissionais enriquecerem o currículo, alavancarem a carreira e ficarem bem preparados para o concorrido mercado de trabalho.