Organizações de todos os tipos, independentemente de sua natureza – econômica, cultural, social etc -, têm uma coisa em comum: a administração. Toda organização precisa ser norteada para adotar os melhores procedimentos e técnicas para alcançar seus objetivos e resultados esperados. Praticada empiricamente ao longo de muitos séculos, a administração ganhou o status de ciência a partir da Revolução Industrial, quando as empresas começaram a crescer em ritmo desenfreado e de forma desorganizada, e conheceram novos desafios: enfrentar a concorrência e a competitividade.
Frederick Taylor estudou o trabalho dos operários, identificou os principais problemas dessa época e sugeriu que fossem implantados métodos científicos onde havia improvisação. Nascia a Administração Científica, a primeira das teorias da administração. A troca dos métodos empíricos pelos científicos ganhou a denominação de Organização Racional do Trabalho – ORT, que previa padronização das atividades e ferramentas utilizadas, divisão do trabalho, tempo para a execução das tarefas e supervisão, entre outros.
Outro destaque da Administração Científica foi Henry Ford, cujo interesse, como empresário, era melhorar a produtividade e aumentar a produção. Tanto ele quanto Taylor deram uma contribuição inestimável à administração e até hoje qualquer produção em massa tem sua base nessa escola de administração.
A Administração Científica é tópico de um dos cursos online do portal Educamundo. Ela faz parte da Abordagem Clássica da Administração que, junto com as demais escolas e suas respectivas teorias, formam o Curso Online Teorias da Administração.
Este artigo faz uma introdução à teoria geral da administração, traz algumas das teorias administrativas, mostra a importância de se capacitar e ter um curso online no currículo e dá dicas sobre outros cursos online com certificado do portal, que se relacionam ao tema. Como pode ver, tem muita coisa interessante surgindo aqui. Acompanhe o texto e conheça um pouco mais sobre este assunto, que é a base de qualquer formação em administração.
Introdução à Teoria Geral da Administração
A Teoria Geral da Administração (TGA) não deve ser confundida com uma abordagem ou uma das teorias que embasaram a ciência de administrar, ela é, na verdade, o conjunto de tudo: ideias, pensamentos, teorias e toda a contribuição dada por filósofos e pesquisadores ao longo do tempo. Então sempre que você ler ou ouvir sobre introdução à teoria geral da administração, significa que você terá acesso a todas as abordagens, escolas e teorias – seus conceitos e principais autores.
A Teoria Geral da Administração é um tópico essencial em cursos a distância voltados à administração e é também uma disciplina de cursos técnicos e de graduação.
Teorias da administração: a teoria clássica, suas funções e princípios
A teoria clássica tem como principal representante o engenheiro francês Henry Fayol. Sua contribuição se deu especialmente no pensamento sobre o conjunto de operações que formam as funções de uma organização; os elementos que constituem a ação de administrar; o conjunto de qualidades e conhecimentos necessários às pessoas que contribuirão nas organizações; e os princípios gerais da administração.
Funções essenciais e funções administrativas das empresas
Segundo Fayol, uma organização tem seis funções fundamentais e com estreita interdependência:
Operações técnicas envolvendo a produção. Saber fabricar e operar bem.
Operações comerciais: é preciso saber comprar e vender bem para a empresa não falir.
Operações financeiras: gerir bem o capital. Saber como aumentá-lo, adquirir o que é necessário, fazer os pagamentos e todo tipo de operação que tenha a ver com a situação financeira da organização.
Operações de segurança: proteger a empresa de forma geral – bens e pessoas. Para o progresso é preciso segurança contra sinistro e tranquilidade de espírito para as pessoas.
Operações de contabilidade: o meio de demonstrar a situação econômica atualizada e futura do negócio.
Operações administrativas: responsáveis pela previsão, organização, comando, coordenação e controle das atividades da organização. É a integração das outras cinco operações.
Sobre a função administrativa, o autor diz que é de responsabilidade de diretores, chefes, supervisores e assistentes que atuam em operações administrativas. O que cada operação faz:
Prever: imaginar o futuro e programar ações;
Organizar: providenciar os recursos que a organização necessita;
Comandar: dirigir as pessoas nas ações previstas para que elas realizem;
Coordenar: integrar os atos que ocorrem na empresa;
Controlar: verificar se tudo está de acordo com as ordens e regras estabelecidas.
Como você pode ver, a teoria clássica também contribuiu muito para a sua época e serviu como base para a administração desde então. As suas contribuições, assim como as de outros autores que também ajudaram a criá-la, são tópicos de um bom curso de administração online.
Tenha sempre em mente: não há como iniciar uma carreira na área administrativa sem ter um forte embasamento nos fundamentos da administração.
Princípios gerais da administração para Fayol
A partir de suas experiências e de trabalhos de outros autores da época, Fayol identificou 14 princípios básicos da administração. São princípios adaptáveis, conforme a organização, a necessidade e a avaliação do administrador. Veja sete deles são:
Divisão do trabalho: especializar as tarefas e pessoas a fim de produzir mais e com o menor esforço. Mesmo processo da administração científica, chamado de Organização Racional do Trabalho – ORT.
Autoridade e responsabilidade: poder mandar e se fazer obedecer, com responsabilidade proporcional à autoridade que se exerce.
Disciplina: seguir as regras e convenções estabelecidas entre a organização e seu pessoal.
Unidade de comando: uma pessoa recebendo ordens de um único chefe.
Unidade de direção: conjunto de operações destinadas a um mesmo propósito devem ter somente um plano e um chefe.
Hierarquia: divisão vertical do trabalho, seguindo a ideia de comando e direção.
União do pessoal: manter o princípio da unidade de comando e estabelecer a harmonia e união do pessoal na organização.
Vendo esses princípios, nota-se que muita coisa mudou, mas que tendências atuais já eram preocupação nessa época. O item sete, por exemplo, está fortemente relacionado à gestão de conflitos – tema de outro de nossos cursos online.
Os demais princípios podem ser estudados em nosso Curso Online Teorias da Administração, um curso feito na medida para quem precisa estudar esse conteúdo para provas de concursos, quem estuda Administração (pode inclusive utilizá-lo como créditos em atividades complementares) e para qualquer pessoa interessada no assunto ou em atuar nessa área.
Abordagem Estruturalista: Modelo Burocrático e Teoria Estruturalista
Modelo Burocrático de Organização
O sociólogo alemão Max Weber dedicou-se a entender a autoridade racional, legal e burocrática. De suas pesquisas saiu a identificação do que ele chamou de “tipo ideal de organização burocrática”. Mas qual seria esse tipo ideal? De acordo com o autor, uma forma racional de moldar os meios de operação aos objetivos da organização, buscando-se a máxima eficiência.
São algumas características da burocracia, segundo o autor:
– Cargos e atividades delimitados por normas e regulamentos a fim de definir como a organização funcionará;
– Divisão sistemática do trabalho, com áreas específicas de competência, ou seja, explicar exatamente as obrigações da pessoa em sua função e dar-lhe autoridade para que a desempenhe;
– Princípio da hierarquia da autoridade, com o cargo inferior sob supervisão do superior e assim sucessivamente;
– Obrigatório o registro de decisões e normas, para que sejam entendidas e cumpridas sistematicamente.
Esse modelo se aplica a diversas organizações, como órgãos públicos, clubes, associações particulares, partidos políticos, Exército e outros.
Disfunções da burocracia
Se por um lado seu objetivo é garantir a máxima eficiência nas organizações, por outro, o modelo burocrático apresenta algumas disfunções, ou seja, imperfeições no funcionamento da burocracia. Veja algumas:
Apego exagerado aos regulamentos;
Excesso de papelório e formalismo;
Despersonalização nos relacionamentos;
Acomodação e conformidade com relação aos procedimentos e rotinas;
Resistência a mudanças.
A Teoria Estruturalista
Chegamos a mais uma das teorias da administração – outro ponto abordado em nosso curso online. Esta, provocou uma importante ruptura com relação às outras: passou a mostrar a organização como um sistema aberto, relacionado com outras organizações e com o ambiente. Seu conceito é de que a organização é um todo composto por partes que se inter-relacionam. Ela tem uma abordagem múltipla, pois considera os fundamentos das outras teorias – administração científica, clássica, das relações humanas e o modelo burocrático. A teoria estruturalista envolve:
– Elementos da organização formal e informal;
– A organização e seu ambiente, considerando o todo: a organização, o grupo, as interações com outras organizações, relações com clientes etc;
– As empresas e outros tipos de organizações que as teorias anteriores não envolviam, pois se concentravam nas industriais. Exemplos: clubes, hospitais, igrejas, prisões, escolas e serviços de assistência social, entre outros.
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Abordagem Humanística: Teoria das Relações Humanas
Mais uma que faz parte da introdução à teoria geral da administração: a das relações humanas. Essa teoria nasceu das conclusões da Experiência de Hawthorne. Esse experimento foi uma reação à teoria clássica e afrontou os aspectos técnicos e formais com aspectos psicológicos e sociológicos.
A experiência foi conduzida por Elton Mayo e G. A. Pennock, na fábrica da Western Eletric Co., em Chicago. Somaram forças ao experimento de Hawthorne os estudos a respeito da psicologia dinâmica, de Kurt Lewin e alguns colaboradores, principalmente na compreensão de aspectos de liderança e comunicação.
Juntando todos os resultados e conclusões, delinearam-se os princípios fundamentais da teoria das relações humanas:
– Expectativas grupais determinam o nível de produção (em contraponto à capacidade fisiológica, da teoria clássica);
– Os trabalhadores reagem, muitas vezes, como membros de grupos e não individualmente. A administração deveria passar a enxergá-los como membros desses grupos de trabalho – passíveis de influências vindas deles – e não tratá-los um a um, como elementos separados.
– A liderança apareceu como de extrema importância para que se estabeleça normas de grupo. Ênfase para as lideranças informais, que são reconhecidas por seus grupos e que influem em seu comportamento. Já a liderança por parte dos chefes deve ser democrática e promover a participação dos trabalhadores nas decisões, fortalecendo o comprometimento do grupo com a organização;
– Promover a comunicação, explicando a quem está em posição inferior na hierarquia os motivos de determinada decisão.
Essa experiência foi conduzida entre 1924 e 1932 e esses princípios mostram que as preocupações da administração moderna, como comunicação eficiente e uma boa liderança já eram elementos para uma administração no início do século 20.
A teoria das relações humanas tem como uma de suas maiores contribuições a ideia de organização informal e de grupo, caracterizada como relações sociais de antagonismo ou coesão e que não fazem parte de organogramas nem dos regulamentos da organização formal, apesar de interferirem nela, a exemplo de um de seus princípios citados acima, sobre liderança. Uma liderança em um grupo informal pode influenciar, inclusive, nos níveis de produção de uma organização – por isso que nos dias atuais o papel do líder é bastante importante nas equipes de trabalho.
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